Nesses últimos dias estão pululando pelos caminhos do
mass media brasileiro um sem número de falsas polêmicas de dar nó no esôfago de qualquer ser pensante.
A distorção que alguns pseudo-opinistas, aqueles formadores de opinião dos grandes veículos, fazem é absurda.
I)
Depois de esgotar a repercussão da vitória do Grêmio no último final de semana, dois desses opinistas, que travestem seus interesses escusos em opinião, do PRBS, resolveram se rebelar contra uma decisão do Conselho de Ética do clube.
Qual?
A exclusão sumária de José Alberto Guerreiro do Quadro Social do Grêmio.
Para quem não sabe, Guerreiro foi presidente do Tricolor no início dos anos 2000.
Fez 2 estardalhaços que transformaram a sua gestão na mais patética da história do clube, superando a de Rafael Bandeira - o presidente que rebaixou o Grêmio pela primeira vez - e a que veio depois da sua, a de Flávio Obino - o do "buraco do amor", da jaqueta tricolor, do site e do ônibus Trovão Azul, menos do futebol.
Guerreiro se notorizou por ter confeccionado uma faixa com os seguintes dizeres:
"Não vendemos nossos craques".
Forjou, então, um fax com uma proposta de US$ 83 milhões por Ronaldinho e fez os repórteres setoristas das rádios e jornais desfilarem em fila à volta de uma mesa com o fax ao centro não podendo ser tocado.
Resultado disso?
Ronaldinho Gaúcho saiu de GRAÇA!!!
Já a sua segunda façanha foi o caso ISL.
Em uma época em que se discutia a criação de clubes-empresas no Brasil, todos - eu disse TODOS - os opinistas de plantão trataram de chamar isso de a "evolução do futebol".
Era o futuro. A única chance de sobrevivência de um clube na nova era.
E, na opinião deles, nada melhor do que Guerreiro, um exímio empresário do setor de transportes coletivos da cidade de Porto Alegre (leia-se "membro da máfia dos busão"), para colocar em prática projeto com a multinacional suiça.
Pois a ISL "despejou" dinheiro e o Grêmio contratou.
Esbanjou o que não tinha em jogadores que deram pouco resultado - um único título da Copa do Brasil em 2001 (mas um BELO título, diga-se de passagem).
Com o tempo, a coisa foi se encrespando.
A ISL faliu e a tal história de clube-empresa saiu ilesa da boca dos opinistas, sem um arranhão, pois aparentemente "ninguém" defendia mesmo aquela idéia.
O Grêmio ficou, então, com um rombo milhonário em seus cofres.
Somente alguns anos depois, por agora em 2006/2007, para aprovação de contas e balanços anteriores é que fatos estranhos começaram a vir à tona.
Virou, inclusive, caso de polícia, com Guerreiro sendo ameaçado de prisão por conta de um cheque de US$ 300 mil, debitado fora das contas do clube (desvidado) e constando o endosso do próprio em seu verso (única forma de descontá-lo).
Pois bem, sobre tudo isso, o Grêmio resolveu fazer investigação interna para avaliar os atos de seu ex-presidente.
Um clube tem ESTATUTO, CÓDIGO DE ÉTICA e CONSELHOS - ou seja, tem regras e tem o direito legal de legislar internamente.
Mas parece que Pedro Ernesto Denardin e Wianey Carlet não "acham" isso.
Segundo eles, a exclusão de Guerreiro é precipitada e o Conselho de Ética - "recheado de pessoas de pouca projeção, que a torcida nem conhece", na palavra dos célebres opinistas - "deveria" esperar a Justiça definir o caso.
Oras bolas!
A Justiça vai definir se o gatuno vai preso ou não!
Acerca do clube, está bem clara a gestão temerária que este cidadão teve!
E o que se faz, então, nobres homens deformadores de opinião, com estatutos, regimentos e conselhos de tudo o que é tipo de associação?
Rasgam-se? Destituam-se???
Na realidade, o que os apóstolos da mediocridade, Pedro e Wianey, fazem é defender seus pares.
E isso vai para além do futebol.
Guerreiro é figura proeminente da
high society porto-alegrense.
Circula nos melhores restaurantes, freqüenta as melhores festas.
É rico, então, nessa visão, inocente.
Pedro acredita piamente que Guerreiro já sofreu o bastante com essa exposição.
Perdeu status na sociedade, se constrangeu.
Agora, deixem o homem! Aguardem a Justiça decidir e larguem o ranço político de dentro do clube!
E, nessa lógica, que se esqueça, também, o rombo trilhardário que ele deixou nos cofres do clube e, claro, que não se fale mais nos quase 900 mil reais de um cheque descontado com a sua assinatura atrás - afinal, essa quantia é irrisória, um troco perto do que movimenta um clube de futebol...
E que se encerre tudo isso em um belo churrasco no Barranco, todos juntos, dirigentes de futebol-políticos-membros de administrações públicas e opinistas-parasitas sociais, brindando ao futuro do futebol-empresa e à nova arena fifa do próximo guerreiro tricolor: Paulo Odone.