Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

24/04/2006

E não é que tinha...

...alguma coisa no ar.

No céu azul de cruzeiro azedou o cheiro.

17/04/2006

Alguma coisa no ar...

Faz horas que tenho notado isso. Já mencionei, inclusive.
Tem alguma coisa esquisita acontecendo.
Já vi isso antes.
Que sensação de dé-javu!
E o genérico é igual ao da receita mesmo?
Será?

Vamos ver...




12/04/2006

Vó Sophia,

Eu tenho pensado muito em ti ultimamente e em como esquecemos de dizer o quanto amamos quem amamos. Quando lembro de quem vale a pena nessa vida, sinto uma felicidade quase insupotável. As pessoas queridas são assim, mesmo estando longe, sempre estão próximas.
Essa alegria vem do que vocês nos ensinam, do que vocês representam pra mim. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa família.Meu namorado e companheiro, meus pai, meus avós, meus irmãos de sangue ou de vida, meus sogros e cunhado, os tios, primos, gatos, cão e peixes. Todos antes de tudo amigos e grandes mestres, sem hierarquia, sem diferença, cada qual da sua maneira. Às vezes a convivência é difícil. Mas qual o relacionamento que não é? Espero que nenhum dos meus . São essas pessoas, as que irritam, que incomodam, que por vezes podem parecer até ofensivas são as que fazem a roda girar, que se não dão sentido à vida pelo menos te instigam a buscá-lo. Quem quer ser um rio parado? Quem não quer evoluir, se tornar mais inteligente, mais completo, enxergar mais além? Enxergar o mundo mais verdadeiro, por mais que ele o faça sofrer?
Não era isso? A felicidade não é procurar a si próprio? Desse jeito tão direto e às vezes meio incompreendido, tu achaste. A incompreensão me parece fazer parte dessa grande busca. Quero dizer que não te arrepende da vida que teve ou da vida que está tendo, que não te culpe pelo que possa ter feito ou das coisas que deixou de fazer porque sempre é tempo de zerar o cronômetro. É preciso coragem para passar pelo que estás passando. Mas quem entre nós teria mais propriedade para falar em coragem? A tua história. Lembra dela? Eu não posso imaginar o que deve ter sido. Hoje em dia o desconhecido, nunca vai ser tão apavorante que nem aquele que enfrentaste. Um novo mundo, uma nova cultura pra mim hoje é aventura, pra ti significou deixar pra trás a família e os amigos. Deixar pra trás mas nunca esquecê-los, eles também estão próximos. Viu quanta gente te rodeia? Isso não é um bom motivo pra ter muito mais coragem?
Eu sei que nesse momento a força para vencer uma doença pode parecer insuficiente, mas, por favor, não desiste, essa luta não é só tua, estamos todos juntos contigo!

Do fundo do coração, te amo demais

Têmis

10/04/2006

E não é que caiu a casa!

É sério.
Tinha alguma coisa no ar.
Tava tudo meio estranho.
Apareciam vermelhinhos de todos os cantos.
Nunca eu havia visto tanto.
E como falavam.
Diziam que seria histórico.
Que o vexame tinha o endereço da Azenha.
Mas, daí, dois laterais direito seguraram o 0 a 0.
E a coisa meio que mudou.
Onde estava a chuva de gols dos tão superiores no futebol?
E o próximo domingo ia chegando perto.
A soberba não havia se ido com o primeiro tropeço.
E eles continuaram aparecendo.
Foram às pencas ao estádio.
Até roubaram espaço de quem não era dos seus.
E a bola rolou.
E agora eram dois laterais esquerdos.
E o vermelho virou amarelo.
Apodreceu.
A festa foi toda azul e sumiram os assoberbados!
Agora eles, com toda sua eloqüência na arte de cornetear, viraram torcedores do...
Santos!!!














CAIU A CASA!!!
DÁ-LHE IMORTAL TRICOLOR!!!
DÁ-LHE!!!

06/04/2006

Em Memória

Esse texto relata o que aconteceu com a nossa "Catinha" há mais ou menos 5 meses. Naquele momento não passamos esse texto adiante porque a dor de perder uma companheira era muito grande. Ainda é, mas...
Hoje temos três diabinhos que ela deixou por aqui destruindo a nossa casa, mas que nos deram a força para passar por tudo isso!!!


O que a morte de uma gatinha tem a ver com a violência?

É necessário alguns dias para se digerir a morte de um bicho de estimação e entender o que está por trás disso...
Oi. Me chamo Gustavo e moro na Rua Gomes Jardim, 1060/ap101, com minha namorada Têmis. Moro neste local (antes no 302) por pelo menos 24 dos meus 26 anos. Para o pessoal aqui da rua, sou filho do "Seu Eraldo", aquele com problema na perna, baita bonachão. Em frente ao meu prédio, há uma casa meio vermelha, bem cuidada, com um belo jardim na frente. Gradeada, como todos os domicílios desta cidade. Sem dúvida, uma necessidade. Nesta casa, há alguns cachorros da raça American Terrier. São, sem sombra de dúvida, belos espécimes. Várias vezes já parei para admirá-los, quando estes estavam no gramado da frente da casa.
Pois bem. Na noite de terça-feira minha gata - vira-lata - estava passeando por este mesmo gramado. Já sabíamos que ela fazia isso. Tínhamos ciência dos riscos de ela entrar no território daqueles cães. Assim como também temíamos por um atropelamento. Cães e gatos que passeiam muito pela rua são constantemente vítimas de uma série de coisas. Mas já havia vários meses e a gata meio que convivia com esse perigo. Na maioria das vezes, os American estavam presos na parte de trás da casa. Mas, nessa noite, a história foi diferente. Infelizmente, nossa gatinha acabou por morrer ali, no n° 1059 da rua Gomes Jardim. Fomos descobrir somente às 2 horas da manhã, depois de muito procurármos a gata pela rua.
Até aí, um trauma um tanto corriqueiro para quem tem bichinhos de estimação. Dói, mas passa. Só que este foi diferente. Começamos a conversar com pessoas que presenciaram o ocorrido. Para o nosso total espanto, não se tratou simplesmente de um acidente "cão x gato". Descobrimos que a dona da casa e dos cães estava presente quando a gatinha foi ao seu pátio. Um de seus cachorros estava a perseguir a gata e a encurralou, ao que se esperava que ela interviesse - pelo menos era o que as pessoas que estavam vendo imaginaram que iria acontecer... Mas não. Eis que surge um outro cachorro - solto por essa senhora - para "terminar o serviço". Segundo quem viu, eles "estraçalharam" a gatinha...
Não vimos e nem queríamos ver os restos mortais da gata. Ainda bem que não presenciamos o acontecido, apesar de estarmos em casa e conseguirmos ouvir praticamente tudo o que acontece na rua. Não sei, sinceramente, como reagiria se presenciasse. Agora, temos 3 pequenos filhotes órfãos de pouco mais de 3 semanas para cuidarmos. Até papinha temos que fazer...
Pois bem. Essa situação nos causa uma imensa revolta. A atitude que a dona dos cães e moradora desta casa teve, nos motiva a simplesmente não lamentar a morte de nossa gata, mas a tomar algumas atitudes. Ficamos com muita raiva, muita mesmo. Mas não dos cães, que não têm absolutamente nada a ver com essa história. Acreditamos piamente que nenhum animal deva ser culpado pela estupidez humana, que ensina a matar, que, sim, banaliza a violência.
Mas isso não é superdimensionar a morte de um "simples" gato?!
Não, de maneira nenhuma. Novamente, não estamos revoltados com a morte da gata, mas, sim, com a atitude das pessoas. Esta, sim, a real expressão das causas da violência em nossa sociedade. Havia se passado apenas 2 dias de um Referendo que versava exatamente sobre armas, sobre violência... É inadimissível que esse nível gratuito de violência e maldade se expresse assim, na nossa frente, esfregando-se em nossos narizes e nada se faça. Quem poderia provar o que pessoas com este tipo de comportamento seriam capazes de fazer?! E, transformar cães em arma, em bestas caçadoras de pequenos animais, nos parece ser impróprio para a vida na cidade.
Esses cães desta casa são muito bem tratados. São extremamente bonitos e estão em um ambiente em que não ameaçam ninguém, a não ser que se invada aquele espaço. É a mesma história em muitas outras casas. Mas ali, na frente das mesmas, há sempre um portão. O que nos preocupa é quem está com a chave...
Como jornalistas que somos, não poderíamos deixar de fazer este registro.

03/04/2006

Desafio


Doutor: Meus senhores, vou lhes apresentar
A figura do homem popular,
Esse tipo idiota e muquirana
É um bicho que imita a raça humana.

O homem: O doutor exagera e desatina
Pois quando o pobre tem no seu repasto
O direito a escola e proteína
O seu cérebro cresce qual um astro
E começa a nascer pra todo lado
Jesus Cristo e muito Fidel Castro

****

Africará mingüê e favelará
mérica de verme que deusará
Iocuné Tatuapé Irará

****

Doutor: Veja o pobre de hoje: quer tratar
Do direito, da lei, ecologia.
É na merda que eles vão parar
Ou na peste, maleita, hidropisia.

O homem: Mas o Direito, na sua amplitude
Serve o grande e o pequeno também.
Além disso quem chega-se à virtude
E da lei se aproxima e se convém
Tá mostrando ao doutor solicitude
Por querer o que dele advém.

(Tom Zé / Gilberto Assis)

SALVE TOM ZÉ!