Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

10/02/2008

Lição de mau-caratismo

Quando se acha que o PRBS não tem como ser pior na manipulação e no mau-caratismo, eis que eles tiram o coelho da cartola.
Matéria da ZMentira dominical:

O sumiço da terra improdutiva
O latifúndio improdutivo virou miragem no Rio Grande do Sul.

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Efetivamente, segundo estudos da FARSUL, os agricultores gaúchos vem respeitando os índices de produtividade do INCRA. O que o Instituto deseja, agora, é mudá-los. Isso é fato.

Na Metade Sul do estado, em que as propriedades rurais são maiores, o tipo de solo dificulta a existência de minifúndios. Ao contrário do Norte do Estado, em que a regra são pequenas e médias propriedades rurais, no Sul, nenhuma seria auto-suficiente caso fosse adotada a mesma média de tamanho.

Um abraço.

18/02/2008, 11:49

 
Blogger Guga Türck disse...

É por isso, amigo, que as desapropriações e futuros assentamentos são executados de acordo com as vocações das regiões. Em alguns locais são observados um tamanho "x" para a propriedade, diferenciando-se de um tamanho "y" em outra - como é o caso das diferenças das zonas norte e sul do estado.

O fato é que o critério de produtividade está, sim, para ser modificado. Porque se tem uma fazendo como a Southall, em São Gabriel, afundada em dívidas com a união, que continua produzindo, mas não cumpre função social nenhuma. Já a Guerra, em Coqueiros, é enorme e recolhe impostos em apenas um dos municípios que sua área avança, além de ser exclusiva para exportação e, também, segundo os critérios que vem sendo discutidos, não cumprindo função social nenhuma.

Este é um debate que está ocorrendo em nível de governo e tudo indica - será implementado pelo INCRA. Acontece que a Farsul vai fazer de tudo para desqualificar isso, com certeza. Agora, que é mentira essa história de que não existe latifúndio improdutivo no RS, ah, isso é - mesmo com os critérios hoje utilizados.

Viajei no início de 2007 por diversos pontos do estado, acompanhando acampamentos e assentamentos, e o que vi foram milhares de equitares servindo de "plantação de cupim", sem gado, ou sequer uma horta. Não acontecem desapropriações em razão do corporativismo que acomentem alguns juízes, que teimam em tomar decisões afora da técnica jurídica e colocando o posicionamento pessoal e político em primeiro lugar.

E tem ainda gente que fala que é a esquerda que ideologiza tudo...

Abração!

18/02/2008, 18:39

 
Anonymous Anônimo disse...

Guga, tenho vivências do lado do produtor rural e sei o quanto é duro a vida deles também. Claro que há aqueles que ostentam riqueza sem ter um tostão; viajam e compram carro com dinheiro emprestado, contando com o sucesso da colheita. Quando o tempo ajuda, é uma beleza. Colhe-se a safra, vende-se e paga-se a dívida. Com o novo empréstimo, troca-se de auto e viaja-se outra vez. Quando não dá certo, tchê...

Isso é uma farra inconseqüente, questão de mentalidade. Mas te garanto que não são todos, sequer maioria, (esses estão mais na área de plantio) e há muita gente séria no meio (principalmente na pecuária).

A vida no campo é uma vida desgraçada. Aposta-se em algo que não se controla; o tempo. Para se ter uma terra auto-sustentável, é necessário ganhar na proporção. O custo é alto e o ganho é baixo. Para valer a pena, é necessário que a produção seja alta; até para compensar os anos de perda (que não são poucos). E isso, num regime de agricultura familiar é impossível. Imagina alguém que faz tudo certo - não despediça um real, não ostenta luxos -, colhe, vende e paga as contas. Quando não dá certo, o resultado é fome! Não é o choro de crocodilo do imbecil esbanjador lá de cima. O resultado é desolação, pobreza e desesperança. E esse pode ser o resultado de uma reforma agrária que enfrenta o inimigo errado.

O correto seria, em realidade, lutar por uma reforma urbana. Tem que se tirar as pessoas do campo. A miséria rural é muito pior e mais cruel que a urbana. Buenas, tu sabes a condição precária e dura dos assentados. O caminho é migrar essas pessoas para os pequenos e médios municípios. Qualificar essa mão-de-obra, criando empreendedores e empregados em área de serviço e teconologia.

Deve-se permitir que a terra seja cultivada ou utilizada em proporções maiores, com menos produtores e maior resultado. Quem quer a terra para bonito, com certeza, perderá. Como já perde hoje, ostentando falsidades.

Tal reforma traria progresso tanto para o campo quanto para as cidades. Essa foi a reforma agrária praticada pelos europeus, com a diferença que eles mandaram os sem-terra para outros países. Nós temos área e cidade de sobra para abraçar os nossos.

Me alonguei, mas o assunto é apaixonante.

Um abraço.

24/02/2008, 03:21

 

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