Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

25/02/2008

Mas bota azar nisso!

A lesão de Victor causa calafrios.
Marcelo é um jovem esforçado, mas nem de perto gera a segurança que o novato estava começando a demonstrar.
Grohe é atrapalhado e causou momentos de extrema aflição durante os ataques do Esportivo.
Que, aliás, foram muitos - até demais.
Para um treinador considerado defensivista, o esquema considerado "faceiro" não sumiu depois da dispensa de Mancini.
Os dois laterais sobem muito, sobrando dois homens no meio para a cobertura e dois zagueiros que cobrem as subidas dos laterais - dessa forma, buracos surgem na zaga Tricolor acarretando lances como aquele do gol do Esportivo, em que Léo saiu para direita, Pereira cobriu o quadrante direito da área e o atacante viu um lindo e livre corredor pela esquerda da zaga...
William Magrão bem que tentou, mas colocou a bola contra a própria rede.
Mas o jogador foi o grande destaque da partida.
Estava em todos os lados do campo.
Atrás, cobria todos os buracos e corria por ele e por Nunes.
Na frente, aparecia tabelando e fazendo a função que seria de Maylson - este a grande decepção da tarde, a meu ver.
Quem também não esteve bem foi Soares, que foi perigoso em sua estréia, mas sem objetividade no segundo jogo - bem substituído por Celso Roth.
Paulo Sérgio foi ridículo, como sempre - erra todos os passes possíveis, no entanto fez um bom cruzamento para o segundo gol.
Gol este de Pereira, o perigo constante na zaga Gremista.
É um zagueiro que tem boa bola aérea, mas se posiciona muito mal e parece ter dois pés direitos (ou esquerdos, como queiram).
Foi um gol interessante: cruzamento do pior jogador Tricolor para o segundo pior marcar.
No mais, estiveram bem Anderson Pico, Perea - um atacante sempre perigoso - e Julio dos Santos.
Este último dá uma cadência diferente de Roger ao time e demonstrou ter habilidade e visão de jogo, mas ainda está muito aquém na questão física.
Na minha opinião, achava que o Grêmio já deveria estar melhor entrosado, mas é inegável que os resultados estão vindo naturalmente.
A vitória parecia certa, mesmo depois do gol dos adversários.
E o Esportivo é um bom time de futebol.
Que o time, então, evolua mais nas próximas semanas, porque os enfrentamentos passarão a ser com equipes melhores e, daí, o bicho vai pegar.
E torcer para uma recuperação imediata de Victor é imprescindível.
Todo bom time começa por um grande goleiro...

Dá-le!
JAMAIS NOS MATARÃO!!!

22/02/2008

O dono das traves

Victor foi sensacional ontem.
Fez um milagre e grandes defesas.
É um goleiro alto, de boa saída e excelente embaixo dos "paus".
Contratação acertadíssima que não deixa nenhuma saudade de Saja.
Mas Victor veio pelas mãos de Mancini com desconfiança de parte dos opinistas de plantão.
Foi goleiro do Paulista de Jundiaí, rebaixado ano passado para a terceira divisão.
No Grêmio, tem mostrado muita segurança e agilidade - pode ser aquele grande goleiro que tanto nós Gremistas aguardamos na era pós-Danrlei.
Galatto foi herói, mas não vingou.
Agora, há aí este grande candidato para agarrar os sonhos Tricolores...

De resto - se explicando até pela grande atuação do arqueiro -, o Grêmio não foi muito bem na vitória de ontem.
Paulo Sérgio é um lateral risível que, de positivo, só tem o fato de ser pouco melhor do que o Patrício.
Bruno Teles não faz uma única atuação média que justifique tanta insistência em sua permanência no clube.
Pereira é aquele perigo constante e William Magrão não passa do mediano.
Boas atuações ontem de Roger - um golaço! -, Perea - no segundo tempo -, Maylson - em alguns momentos mostrou que sabe jogar bola - e Soares - boa movimentação na estréia.
Celso Roth também não foi mal.
O time voltou com outra cara depois do intervalo.
Me agradam treinadores que fazem a equipe jogar mais no segundo tempo.
Felipão era assim, ao contrário de Mano Menezes, que sempre piorava na etapa final.
Continuo contrário a toda essa estapafúrdia politiqueria que acomete a direção Tricolor e não gosto de Celso Roth, mas não vou torcer contra!
Dá-le!

JAMAIS NOS MATARÃO!!!

*foto do ClicPRBS

21/02/2008

Feira da Revolução - uma espiadela...

Esta é uma feira que acontece no último domingo do mês em Havana.
Pequenos produtores do interior e do entorno da capital montam suas barracas para movimentar o comércio cubano.
Vende-se praticamente de tudo ali, com destaque para banana, abacaxi e carne de porco.
Verduras como alface e tomate, os moradores de Havana costumam comprá-los puros nas diversas hortas comunitárias que são construídas em terrenos nos quais foi demolida alguma construção.
Aliás, são várias essas hortas pela cidade.
Há também mercados permanentes para a produção primária que vem do interior.
Nestes, os cubanos complementam a alimentação que compram nos armazéns do governo através da caderneta de ración - para esta, mais adiante, sai um post específico.

Ao fundo, a Praça da Revolução e o monumento a José Martí.
A feira não está em circuito turístico nenhum, porque o que menos a maioria dos turistas que vão a Cuba querem é ver cubanos... (assunto este que vai merecer outro post específico também)

20/02/2008

Hasta, Comandante!

A saída de Fidel Castro - oficialmente - do poder em Cuba é apenas uma mera formalidade.
Transformações têm ocorrido gradativamente na ilha já há pelo menos uma década.
O turismo destrói e a aproximação com nações como Venezuela, Bolívia e Brasil constrói.
Há um choque iminente para acontecer no país.
São caminhos que se colocam defronte aos cubanos e que precisam de apoio popular para florescer de uma maneira que beneficie a todos.
Seguindo o caminho do turismo, os cubanos padecerâo logo logo ao mesmo estilo que padecem os países pobres terceiro-mundistas.
O outro caminho é de fortalecimento do Estado economicamente, um caminho de evolução.
As cartas estão na mesa e as apostas em aberto...
Aguardem, estivemos pela ilha nesse último mês e temos muito a contar.

18/02/2008

Feudo Tricolor

O que se tem que entender - e, a partir daí, lutar para mudar - é que os clubes "sociais" de Porto Alegre são feudos.
Tanto Sogipa, União, Leopoldina, etc., e Grêmio e Inter são constituições de costumes de classes regionalizadas da cidade.
Chega a ser um fenômeno sociológico.
Historicamente, vêm sendo utlizados como trampolins de famílias tradicionais para os mais diversos cargos em administrações estatais.
E o mais interessante é que têm em seu núcleo duro pensante - e comandante - pessoas ditas anti-Estado.
São diretorias constituídas por pessoas que gozam de boa vida, empreendedoras bem suscedidas e que pregam em seus discuros em jantares, confraternizações, programas de debates ou nas bancas dos partidos a que pertencem, a eliminação do Estado na vida das pessoas.
Ocorre que esse comportamento é meio paradoxal, porque tanto as aspirações pessoais de grande maioria destes como a relação dos respectivos clubes com a sociedade necessitam de quê?!
Do Estado.
Os clubes precisam de regimes de impostos diferenciados, apoios publicitários, estrutura burocrática específica para atender questões trabalhistas, jurídicas, etc.; e as pessoas que se colocam nessas posições de dirigentes aspiram cargos políticos nos quadros estatais e cargos executivos.
Portanto, há, sim, conflito de interesses e uma rede obscura de relações que rege o comportamento dessa casta para com os plebeus da sociedade e com os porta-vozes de seus valores (leia-se, aqui, a grande mídia).
Pois vejamos ainda a questão da Arena que se quer construir para o Grêmio.
Desde o início se divulga insistentemente que o novo estádio será construído no longínquo bairro Humaitá.
Os porta-vozes em seus momentos de opinião sempre dão como certa a escolha dessa região - aliás, nem parece que há escolha...
Dirigentes alimentam essas informações.
Há um desrespeito completo para com a própria democracia na omissão de que se trata de um processo licitatório interno, de escolha de mais de 1 projeto.
Foi necessária muita gritaria para que os detalhes dos projetos saíssem a público, inclusive.
Pois bem, agora - mesmo que ainda insistam que é líquida e certa a escolha do Humaitá -, as cartas estão na mesa e as comparações são inevitáveis.
Em outro post podemos ir mais fundo nessa história, mas agora eu coloco dois fatores que talvez expliquem a preferência pelo projeto do Humaitá.
- envolvimento dos poderes públicos federal, estadual e municipal (ao contrário do da Azenha, que envolve apenas o município) - quem está na prefeitura? E no governo do estado? No ministério das cidades? Quanto de investimento público para as obras de entorno será necessário? Quais os partidos envolvidos nessas tomadas de decisão para estes financiamentos? Alguma relação com a direção tricolor?
- no projeto compra-se uma área (Humaitá) e vende-se a outra (Azenha) - por quanto? Para quem? Quem vai comprar tem quais relações com quem vai vender?
E por aí vai.
Com o futebol, as relações são as mesmas.
Estranha-se porque a mídia não fala mal de um cara destemperado e de baixo nível para dirigir um clube da envergadura do Tricolor como o Pelaipe.
Pois sugiro uma "tocaia" na churrascaria Barranco - ou em algum outro iminente point alimentício da cidade - para perceber o que acontece.
São as mesmas relações dos Senhores Feudais para com a Igreja à época da Idade Média.
É a casta de dirigentes e seus porta-vozes, com o futebol fazendo as vezes de santidade...

JAMAIS NOS MATARÃO!!!(?)

ps: "tocaia", entre-aspas, para identificar o sentido figurado, significando observação, ok?

15/02/2008

Só pode ser brincadeira!

A queda de Mancini - neste primeiro momento - soa como birra e destempero de uma diretoria mais preocupada com a Arena do que com o futebol.
O ex-treinador Tricolor havia dito aos microfones há pouco tempo que não admitiria em hipótese alguma a intromissão de dirigentes nas escalações e coisas do futebol dentro do campo (lembram? Foi quando repercutiram por aqui o caso em que Eurico Miranda forçou a escalação de um jogador no Vasco e Romário caiu fora indignado).
Isso certamente gerou beiço nos propensos ao autoritarismo da diretoria do Grêmio.
Pois é estranho.
Até aqui, seus passos vinham sendo bem feitos.
A aposta em um treinador novo se justificava por uma série de fatores - desde os futebolísticos até os financeiros.
E Vagner Mancini atendia a todos estes.
Seu trabalho vinha começando e o padrão de jogo ofensivo vinha sendo desenhado.
Impossível ele ter sido demitido por razões de performance do time.
Se foi isso, os diretores atestaram sua total falta de incapacidade para avaliar as coisas do futebol.
Agora, anuncia-se o nome de Celso Roth - meu deus...
Sai-se, então, de uma caminhada séria, para voltar ao velho jeito de fazer futebol, com imediatismo e contratações equivocadas - é a mesma política que fez o Grêmio ser dirigido por Lazaroni, o próprio Roth e muitos outros nomes sem a mínima capacidade de treinar um time da envergadura do Tricolor.
Essa "impaciência" vai totalmente de encontro a políticas de futebol bem sucedidas na nossa história recente.
Felipão, por exemplo, assumiu o comando do time após um xilique de Cassiá - que estava vencedor no momento de seu pedido de demissão -, e sofreu muita pressão no início de seu trabalho, mas a direção segurou no osso e deu no que deu.
Tite também passou por questionamentos, Mano Menezes...
Atitudes como esta, da demissão de Mancini, atestam muito mais a falta de convicção do que estão fazendo os dirigentes do que um pensamento coerente sobre futebol.
Estariam eles contratando os jogadores também com esses critérios?!
Começa a complicar a situação...

14/02/2008

Guga é o cara!

Gustavo Kuerten deixou as quadras.
Uma pena para o esporte basileiro.
Mas ele deixa um legado sensacional.
Guga foi o cara que impulsionou o tênis no Brasil.
Popularizou um esporte praticado em sua maioria por almofadinhas.
Chegou ao topo, mas não teve suficiência física para suportar manter-se por lá.
No entanto, enquanto foi número 1, foi incontesti.
Guga foi um tenista genial, do nível de Pete Sampras e Roger Federer - este último um freguês do manezinho da ilha.
Ele não foi somente o melhor de todos os tenistas da história do Brasil, é candidato a ser um dos maiores da história do próprio tênis.
Com um golpe de esquerda que ninguém tem no circuito profissional, destroçou adversários considerados imbatíveis.
Era um rei do saibro.
Teve peleias memoráveis contra Magnus Normam - outro genial que deixou o tênis por problemas físicos -, André Agassi e o arqui-rival Marat Safin.
Foi tri em Roland Garros e campeão do mundo no torneio que coloca os 8 melhores da temporada em confronto - e não foi no saibro!
Neste último, arrasou com Agassi e Sampras!
Guga foi multi-campeão também nos torneios Maters Series, colecionou premiações, troféus e torcida.
Sim, uma torcida louca, como a de nenhum outro tenista, que incomodava em todos os cantos do mundo os juízes e organizadores de torneios "metidos à besta" - olê, olá, Guga, Guga!
Nosso Gustavo Kuerten é um modelo de ídolo.
De caráter invejável, a mídia podre tentava publicizar sua vida particular, mas ele sempre se esquivava.
Surfista e torcedor do Avaí, Guga entrou para a história.
Sua figura, para o esporte da bolinha, é imaculada e deve ser seguida no desenvolvimento de um tênis forte e de caráter.
Grande, Guga!!!

- Aqui, um sacode no último set em Pete Sampras nas semi do Masters Cup (copa do mundo)


- E, aqui, nas finais, em Agassi (do Globo Esporte)

A mediocridade na estréia da Copa do Brasil

Não que eu ache que o Grêmio esteja mal, mas ontem foi uma atuação risível.
Jogadores de quem se espera muito, como Roger e Perea, foram abaixo do mediano.
Roger troteava no campo sem interesse, e aquela bola de fora da área que achei que ele traria ao Tricolor até agora não apareceu.
O único que insistia nos chutes de longa distância - e até com certo perigo - era o esforçado Anderson Pico.
Na lateral direita, depois de uma boa estréia contra o 15, Paulo Sérgio tem se mostrado um jogador limitadíssimo, errando passes fáceis e tentando jogadas patéticas - como aquela que ele "pedalou" e quase caiu.
Há ainda aquele grupo de jogares do estilo "de onde não se espera nada, é dali que não vem nada mesmo", como Pereira, William Magrão e Adílson.
Esses medíocres precisam urgentemente esquentar o banco e seguir no time somente para ocasiões de emergência - some-se a esse grupo Peter...
Mas ontem o time foi mal em quase todas as posições, inclusive os diferenciados Léo e Eduardo Costa não estiveram bem.
Destacaria apenas as atuações do surpreendente André Luis e do bom goleiro Victor, salvador da pátria Tricolor, salvador do vexame que se desenhava aos poucos com o passar dos minutos.
O Jaciara teve menos ataques que o Grêmio, mas teve mais chances claras de marcar.
O Tricolor alçou mais de 50 bolas na área durante o jogo - foram mais de 20 escanteios! - sem sucesso nenhum.
E, bem ao estilo "água mole em pedra dura tanto bate até que fura", lá no finalzinho, um cabeçaço de Tadeu pra garantir a vitória magra.
Mesmo assim, não dá para condenar Mancini, tão pouco a direção, na montagem do time.
Os reforços aos poucos vêm chegando e jogando, com gente ainda por fardar.
Um time não se monta da noite para o dia, mas com continuidade e insistência em um esquema de jogo.
Agora, que ontem foi horrível, ah isso foi...