Vou falar de novo de cinema argentino

Ontem eu vi Los Lunes al Sol (de Fernando León de Aranoa). Um filme, nossa... sem palavras. Tenho que ter ele em casa.

Fala sobre o desemprego de uma maneira tão própria, ultrapassando os limites dos países sul-americanos (sim, nós também somos americanos! Acredite se quiser, os americanos sofrem com o desemprego, e muito!).

Não vou contar o filme, até porque odeio que façam isso comigo, mas a história começa com o confronto entre a polícia e um grupo de grevistas, operários de uma fábrica de barcos. Disso a gente entende também: confronto.

Mas é foda. A polícia batendo nas pessoas que deveriam ser protegidas para que lutassem por seus direitos?

O mapa tá invertido mesmo, os valores estão de ponta-cabeça, é muito triste. Eu penso que hoje, com todo esse acesso à informação, técnicas e tecnologias super avançadas para se fazer um cinema com muitos recursos visuais e o escambau a quatro... O cinema mais moderno é aquele que retrata a vida na sua simplicidade!

A história chão que acontece nas ruas todos os dias, com pessoas feias, chatas, honestas, ou não... Com pessoas reais. Porque é muito fácil se afastar do que é verdadeiro.

- 200 pessoas foram despedidas!

- Porque para para a fábrica era mais barato produzir os barcos fora!

Vão se fuder! Tu tá falando de 200 pessoas, 200 famílias... Não são só números (ou não deveriam ser).

- Se vocês quisessem trabalhar, trabalhariam.

Aham, é bem simples assim... Se os políticos não quisessem roubar também não roubariam. Se as fábricas quisessem deixar de ser exploradoras e começassem a ser corretas o fariam também!

Pimenta nos olhos dos outros é refresco!!!