Alguém já viu alguma coisa da Lucrécia Martel?
Ultimamente tenho tido contato com a obra dela, aliás com dois de seus filmes La Niña Santa (A Menina Santa) e La Cénaga (O Pântano), os seus únicos longas-metragens. Os dois entraram na minha lista dos melhores filmes que já vi na minha vida. Os planos são perfeitos, inesperados, te tomam de susto e te fazem pensar aquela cena como a história pede. Preste atenção naquilo....e tu presta, sem obviedade. Existe um respeito muito grande entre a estética e o conteúdo da história. A luz é penumbra quando não tem luz, é natural quando se está ao ar livre ou até mesmo quando uma janela deixa ela entrar no ambiente, assim, como na vida real. Os diálogos são precisos e preciosos, sem abuso. As relações pessoais estão todas ali, servidas, esperando que tu faças a digestão, sem pressa. É daqueles filmes que parecem uma loucura mas são obras de arte por serem verossimilhantes.
Salve o cinema ARGENTINO!!
Segue introdução de uma entrevista com a diretora
Lucrecia Martel disseca a sexualidade entre o profano e o sagrado
Com 38 anos e apenas dois filmes no currículo, a cineasta argentina
Lucrecia Martel tornou-se uma referência dentro do cinema do continente.
O motivo está na própria qualidade dos dois filmes: Pântano, sucesso de público e crítica dentro de fora da Argentina, e A Menina Santa, que foi produzido por Pedro Almodóvar e concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2004. A notoriedade não abala, porém, esta diretora surpreendentemente compenetrada e simples, capaz de respostas certeiras e inimiga de pretensões intelectuais. Nesta entrevista, concedida no Festival de Cannes, em 2004, ela define os princípios que regem seu modo de filmar e comenta a particularidade do cinema argentino nos dias atuais.
Quer ler a entrevista na íntegra? CLIQUE AQUI.
OBS: A primeira foto é de A Menina Santa e a segunda é de O Pântano.
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