FSM
Pra quem andava esquecido do Fórum Social Mundial, ou vinha se informando via a assessoria do governo Fumaça/Yeda Cruisius Credo (a Zero Hora), aqui vai um depoimento de quem está por lá.
Tirei do blog CEL3UMA. Vale a pena acessar - CLIQUE AQUI.
M I D I A
Matéria sobre o Fórum Social Mundial traz histórias contraditórias e caluniosas aos leitores gaúchos
Até em NairObI a ZMentira OmiTe, AumeNTa e InveNTa
A Zmentira principal braço do PRBS ataca novamente em sua cobertura da ultima ediçao do Forum Social Mundial realizado em Nairobi. Em matéria entitulada O olhar gaúcho em Nairóbi publicada dia 23 de janeiro brinda seus leitores com um mar de omissões, delírios e mentiras.
Esse ato de vandalismo comunicativo no qual também fui vítima, teve inicio quando uma jornalista da Folha de São Paulo chamada Ana Flor se aproximou do nosso grupo com a inocente intencao de obter uma visão gaúcha do evento, à pedido da imprensa gaudéria. Após alguma insistência de sua parte, afirmando que era um rápido depoimento , aceitei falar acreditando que um veículo que aparentar sofrer de autismo a cada ano que se aventura a cobrir o Fórum pudesse receber boas informacões de novas fontes. Subestimando o lobo topei o desafio e tentei ser cauteloso com o que dizia, muitas vezes reforçando pontos positivos e dando uma explicação às vezes quase didática diante de tanta ignorância sobre o que estava acontecendo. Entretanto, devido a esse nômade nordestino morar em Poa há menos de 3 anos subestimei a capacidade de manipulação do jornal que cruelmente considerado de massa.
Meu sentimento ao ler a matéria hoje pela internet ainda participando no Fórum era de total enganação. Nada do que de fato falei, foi de fato publicado e para complicar mais a situação, foram associadas a minha pessoa depoimentos mentirosos e até contraditórios com o que o grupo estava afirmando conforme veremos a seguir:
A omissao da repórter começa ao me apresentar em sua matéria, como diretor de tecnologia da revista O Dilúvio, mesmo eu tendo reforçado que estava presente ao evento como repórter e fotógrafo do blog CeLeuma (o que pra ela não deve ter feito muito sentido, uma vez que ela é da Folha de São Paulo) e só relaxei quando vi a mesma anotar essa informação em seu caderninho (única fonte de captura de dados das entrevistas). Entretanto, minhas palavras pareciam ditas ao vento. Minha função apresentada na matéria veio supostamente do expediente de uma ediçao da Dilúvio que entreguei-lhe após a entrevista. Apesar de assumir essa responsabilidade na revista não vim para Nairóbi como diretor de tecnologia, mas pra que perder tempo ouvindo o entrevistado quando ele nao fala o que te interessa?
Caso fosse apenas esse equívoco poderia deixar de ser "paranóico" e considerar esse episódio uma triste confusão, mas as mentiras contidas nos parágrafos seguintes conseguiram acabar com qualquer resquício de dúvida.
Nos parágrafos associados a minha pessoa apareço criticando os preços do Fórum e o transporte público de Nairóbi. Em relação aos preços, afirmei isso de fato até porque enquanto a repórter nos atrapalhava (ops, entrevistava), manifestantes africanos invadiam a organização do Fórum para reclamar dos preços de inscrição.
O curioso é que os elogios feitos simplismente sumiram descaracterizando totalmente o depoimento cedido. O caso dos tranportes chega a ser cômico, pois no parágrafo anterior, a estudante Ana Paula de Carli elogiava a centralizacao do evento, que torna desnecessário o uso do transporte público para se locomover para as atividades. Em Caracas o evento ocorreu de forma descentralizada com o Acampamento da Juventude e as atividades ocorrendo distantes uma das outras, o que fez o governo venezuelano, oferecer transporte gratuito aos participantes. Essas explicações parecem terem sido julgadas desnecessárias, pois apenas sou citado afirmando que em Caracas o transporte era melhor porque tinha metro de graça...
A descaracterização de frases e o uso parcial e tendencioso do que foi dito se mostram uma prática comum nesta matéria. A Zmentira vai além e enfia na minha boca a seguinte peróla. "- Os taxistas pouco sabem do evento, assim como os moradores da cidade. É uma pena. ". O absurdo começa no fato que eu, em toda minha vida, nunca andei de táxi em Nairóbi e esse depoimento não passa de um delirio da repórter. Os quenianos que nos hospedaram ao chegar em Nairóbi nao conheciam muito sobre o Fórum, mas estiveram presentes no evento e vieram com o grupo no primeiro dia do evento, demonstrando uma curiosidade e uma vontade de compreender o que estava acontecendo em seu país.
Essa capacidade de mentir sem pudor, usando as pessoas para falar o que eles julgam importante, escancaram a parcialidade e a falta de ética de alguns profissionais que trabalham nessa publicação. Quem leu a opinião dos gaúchos, apresentada pela ZMentira deve ter ficado pensando que estar aqui é perda de tempo, exatamente a imagem que o veículo sempre tentou passar sobre o Fórum todos esses anos.
É triste perceber a surdez seletiva da repórter que nada mencionou do que falei sobre software livre, onde todos os centros de midia e acesso a internet construidos pelo Fórum usam Linux, sobre as atividades de economia solidária mencionados por outros entrevistados, nem a beleza do encontro e da tolerância e integração de raças, ideologias e religiões.
Com o Fórum na África, asiáticos, europeus, americanos e africanos encontraram um ponto central no globo e fizeram um dos fóruns com maior diversidade cultural que presenciei. Gostaria muito que isso chegasse as casas dos leitores de Zero Fora, mas para minha decepção o problema do veículo não são suas fontes e sim ter um texto quase pronto antes mesmo do repórter sair a campo. Ao meu ver, fica parecendo que o que os repórteres buscam são nomes (ou fantoches) para que frases e idéias sejam associadas a eles independente do que os mesmos falem.
Em alternativa a esse jornalismo forjado que infelizmente tive meu nome vinculado, ofereço aos nossos leitores uma série de matérias que serao publicadas neste blog e no site da revista O Diluvio, onde poderão ter uma visão do que foi o Fórum Social Mundial em Nairóbi muito além dos preços e das fantasiosas opiniões dos taxistas.
Em nossas páginas virtuais tentaremos mostrar como foi esse encontro de cores, raças e idéias e como todos os presentes cresceram e renovaram suas esperancas de um outro mundo possivel!
Fiquem ligados que nos próximos dias relatos, entrevistas e fotos direto de Nairóbi, para passar ao leitor, o que de fato acontece por aqui, sem manipulação e sem invenção.
Repórter e fotógrafo Pedro Jatobá
Enviado especial do CeL3Uma a Nairóbi
2 Comentários:
A ZH e o seu jeito especial de fazer jornalismo. Sinto um vazio em termos de bom jornalismo aqui no RS. Quando era mais jovem acreditava em tudo, lia os jornais e não percebia a manipulação que os mesmos faziam das notícias. Na verdade, naquele tempo eles eram mais discretos, e como não havia internet, éramos mais suscetíveis. Ainda bem que existe a blogosfera a nos dar um alento.
Guga e Temis, entrem para a Sivuca. è só ir lá no blog do Azenha, o Vi o Mundo, e se inscrever mandando o endereço do blog e um endereço postal para receber material para fazer os debates da muvuca.
Abraço
Re
26/01/2007, 01:03
Obrigado por replicar minha denûncia e ajudar q esta informação chegue as pessoas, precisamos criar canais alternativos ao monopólio da comunicação, principalmente no Sul. Hj morando em Recife novamente, vejo como a RBS atrasa o sul em relação a liberdade e fluxo de informação. Parece que aqui no nordeste estamos a anos luz... Grande [] a todos dos Pampas e vamos em frente!
Pedro Jatobá
Instituto Intercidadania
02/11/2007, 11:22
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