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23/01/2007

A liberdade estadunidense

Sempre foi assim.
Os motivos anunciados das investidas violentas dos EUA, em qualquer parte do mundo, em qualquer época da história, nunca foram os verdadeiros.
Sempre há coisa por trás.
Domínio cultural e político.
Tráfico de obras-de-arte e peças históricas.
Petróleo.
Água.
Tráfico de drogas.
E por aí vai...

Fiz uma compilação de uma matéria que li no Brasil de Fato.
Aliás, a edição 202 estava muito boa, fazia horas que não lia material de tamanha qualidade no jornal - o que já preocupava. É da semana entre os dias 11 e 17 de janeiro.
Aí vai:
"
ONU denuncia aumento de 50% da produção da droga no país ocupado pelos estadunidenses

1995 - 2.335 toneladas de papoula
1999 - 4.565
2000 - 3.276
2001 - 185
2002 - 3.400
2003 - 3.600
2004 - 4.200
2005 - 4.100
2006 - 6.100

(...)Desde 2003, a Organização das Nações Unidas (ONU) chama a atenção para um fato curioso: desde a invasão estadunidense no Afeganistão, em outubro de 2001, a produção de papoula - matéria prima de drogas como ópio e heroína - vem crescendo drasticamente. O último relatório da ONU, feito em parceria com o Banco Mundial e divulgado em 28 de novembro, mostra que a produção de 2006 bateu todos os recordes: a área destinada para o cultivo cresceu 59% em relação a 2005, e a safra aumentou em 49%. Os números divulgados pela Casa Branca são diferentes: a produção teria aumentado 26% e a área cultivada crescido 61%.

De acordo com o documento, estima-se que 92% de toda a heroína que circula no mundo é feita com papoula afegã.

(...)Além disso, o relatório atesta que a corrupção dentro do governo afegão - principalmente dentro do Ministério do Interior e da polícia - é um dos principais entraves para o combate ao cultivo da papoula. Em tempo: o atual presidente do país, Hamid Karzai, foi posto pelos EUA no poder em 2001 e foi eleito em 2003, num processo eleitoral acusado de fraudes.

(...)O canadense Michel Chossudovsky, professor de Ciências Econômicas na Universidade de Ottawa, em artigo publicado na página do Centro de Pesquisa sobre a Globalização, entidade onde é diretor, afirma que recuperar a produção da papoula e obter o controle das rotas da heroína fazem parte da agenda estadunidense para a região. "Há negócios e interesses financeiros poderosos por trás do narcotráfico. Assim, o controle geopolítico e militar das rotas de drogas é tão estratégico quanto às de petróleo e seus oleodutos", escreve Chossudovsky, enfatizando que, após o comércio de petróleo e de armas, o de drogas é o que mais movimenta dinheiro no mundo (400 a 500 bilhões de dólares por ano).

(...)Outro mito contestado por Chossudovsky é de que quem mais se beneficia do tráfico de heroína é o Talibã. A ONU estima que a contribuição desse comércio para a economia afegã está na ordem dos 2,7 bilhões de dólares. Porém, apenas 5% ficam com os fazendeiros e comerciantes afegãos. Fazendo cálculos com base no preço de varejo da heroína, somente da Grã-Bretanha o comércio da droga renderia de 124 a 194 bilhões de dólares.

"

Quem quiser ler a íntegra da matéria de Dafne Melo, clique aqui.

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