A maravilha da internet
Uma das coisas que mais admiro na efetivação da internet como meio de comunicação é a possibilidade infinita de construir nossos conceitos e opiniões com o auxílio de várias mentes e pontos-de-vista.
Os movimentos de ida e volta que ela nos permite fazem com que o definitivo nunca chegue.
Neste caso, pego o exemplo de minha admiração por Hugo Chávez, sua política e a Revolução Bolivariana.
Nunca estive na Venezuela.
Mas sinto conhecê-la.
É possível literalmente viajar até lá pelas teias da world wide web e dar uma olhadinha de perto (mas de longe) no que está acontecendo.
É possível ouvir a voz, também, daqueles seres pensantes, que têm a capacidade de refletir o presente, baseando-se no passado e olhando para o futuro.
É assim que enxergo a nossa blogosfera.
Lendo os Marcos, Cristóvãos, Rodrigos e Zés da vida, construo um olhar peculiar sobre a realidade.
Na observância de conceitos diferenciados sobre temas variados, discutem entre si os argumentos postados, pensados e marcados, por fim, na significância das coisas da vida.
Uma delas é a política, o Socialismo.
Chávez é um ícone de minha tendência, mas não tenho opinião definitiva, muito menos conhecimento suficiente para encerrar posicionamento acerca dele e de sua assim chamada revolução.
Assim sendo, exponho o comentário do amigo zealfredo, do Ainda a Mosca Azul, aqui embaixo, como uma forma de evolução na minha forma de pensar o que ocorre na Venezuela.
Minha opinião sobre o Chávez não mudou, Zé, evoluiu.
Obrigado.
E viva a blogosfera!!!
Caro Guga,
Não chamo Chávez de ditador. Nem chamei. A questão é que um presidente em exercício tem vantagem sobre um candidato desafiante. O presidente Lula, mesmo com a grande imprensa contra, desfrutou um pouco desta vantagem, quando seu desafiante não conseguiu se diferenciar, nem lançar propostas que fossem melhores do que as do presidente. Assim, na dúvida, para que trocar?
Além disso, com infinitas reeleições, o mandatário pode vir a se corromper. Foi o que aconteceu com Porfírio Diaz no México, no final do século XIX, começou eleito democraticamente, lá por 1870. Por volta de 1900, as eleições já eram só formalidade.
O Reino Unido é diferente. Os mandatos são conferidos aos partidos, e o líder do partido que obtém maioria no Parlamento é o Primeiro Ministro. Tanto que Margareth Thatcher foi substituída por John Major, e agora Gordon Brown substituiu Blair.
O que eu afirmo é que se a Revolução Bolivariana é boa para o povo venezuelano, tem de haver outros líderes que possam se revezar com o presidente Chávez para liderá-la. Mas o que parece acontecer, olhando daqui, é um extremo personalismo do presidente Chávez. Tempos atrás eu lamentei a saída do vice-presidente Vicente Rangel. Como ele, outros foram dispensados. Olhando daqui, o que me parece? Quem não concorda com o presidente, ou quem possa estar emergindo como uma nova liderança, é descartado.
[]
1 Comentários:
He, he, he... Valeu Guga. É como aquela velha propaganda de cigarros, cada um na sua, mas com alguma coisa em comum...
:)
26/08/2007, 23:15
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