Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

23/08/2007

Perguntinha

Aqueles que se levantam ferozmente contra o projeto de Hugo Chávez de acabar com a limitação de re-eleições no processo eleitoral venezuelano, que o - agora sim! - definem como ditador por tal, também terão a mesma "sagacidade" argumentativa ao descobrir que na Inglaterra também não há limite de re-eleições?
Leremos "Blair ditador larga o osso"?
Os livors de história serão re-escritos?
"Margareth Tatcher, uma ditadora a serviço do liberalismo"?
Ouviremos os brados por democracia nos países do Primeiro Mundo que têm este expediente?
Não, claro que não...

De saco cheio de tanta ignorância.
Viva Chávez!

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

O Franklin Roosevelt foi presidente dos EUA de 1933 a 1945 (porque morreu nesse ano, senão seria até, no mínimo, 1948). Ele foi eleito (1932) e depois reeleito três vezes (1936, 1940 e 1944). E nunca vi um jornalista ou um historiador chamá-lo de "ditador dos EUA"...
Se o tempo que o presidente fica no governo (mesmo que eleito democraticamente, como o Chávez) é sinal de "ditadura", o Roosevelt foi ditador, e o Costa e Silva (1967-1969), que baixou o AI-5, foi um exemplo de "democrata" para o Brasil, já que ficou só 2 anos...

24/08/2007, 00:04

 
Blogger José Elesbán disse...

Caro Guga,
Não chamo Chávez de ditador. Nem chamei. A questão é que um presidente em exercício tem vantagem sobre um candidato desafiante. O presidente Lula, mesmo com a grande imprensa contra, desfrutou um pouco desta vantagem, quando seu desafiante não conseguiu se diferenciar, nem lançar propostas que fossem melhores do que as do presidente. Assim, na dúvida, para que trocar?
Além disso, com infinitas reeleições, o mandatário pode vir a se corromper. Foi o que aconteceu com Porfírio Diaz no México, no final do século XIX, começou eleito democraticamente, lá por 1870. Por volta de 1900, as eleições já eram só formalidade.
O Reino Unido é diferente. Os mandatos são conferidos aos partidos, e o líder do partido que obtém maioria no Parlamento é o Primeiro Ministro. Tanto que Margareth Thatcher foi substituída por John Major, e agora Gordon Brown substituiu Blair.
O que eu afirmo é que se a Revolução Bolivariana é boa para o povo venezuelano, tem de haver outros líderes que possam se revezar com o presidente Chávez para liderá-la. Mas o que parece acontecer, olhando daqui, é um extremo personalismo do presidente Chávez. Tempos atrás eu lamentei a saída do vice-presidente Vicente Rangel. Como ele, outros foram dispensados. Olhando daqui, o que me parece? Quem não concorda com o presidente, ou quem possa estar emergindo como uma nova liderança, é descartado.
[]

24/08/2007, 12:54

 

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