Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

15/01/2007

O engodo dos pedágios

Esperei um tempo para poder falar sobre isso. Andei presenciando alguns debates sobre o tema, mas não vi nenhuma cobertura fidedigna do que ocorreu na Freeway (tá mais para Stuckway) ao final do feriado de final de ano.
Foi horrível.
Trechos que normalmente seriam percorridos em minutos transformaram-se em longos caminhos de horas.
Passamos a virada em Bombinhas e resolvemos - pode ter sido um pouco de estupidez a nossa pressa - voltar no dia 1º mesmo para Porto Alegre.
A parte da BR 101 em Santa Catarina está uma porcaria. Mesmo assim, conseguimos percorrer o trecho em um tempo coerente, sem grandes problemas.
Entramos em Torres e seguimos pela Estrada do Mar. Até a saída de Imbé estava tudo bem, mas passando este trevo...
Simplesmente levamos mais de 3 horas para andar 20 km!!! Levamos mais tempo para entrar na Freeway do que o trecho inteiro de BR 101 em Santa Catarina (uns 200 km).
Foi horrível. E, quando entramos na Freeway, achando que tudo estaria resolvido, visto que as rádios diziam que a estrada estava com movimento preenchendo 60% da capacidade da estrada, a coisa não melhorou tanto assim. Paramos várias vezes.
No dia seguinte, falei com um primo que levou mais de 8 horas para vir de Torres!
Disse ele ter saído de madrugada e chego pela manhã em POA. Contou que era incrível o que vira na Freeway. Vários carros estacionados nas laterais da pista com as pessoas dormindo para seguir caminho pela manhã.
Ouvi, por cima, que os casos de assalto foram inúmeros nesta situação.
Procurei sobre isso nos pseudo-veículos de informação e não encontrei nada...
É incrível.
Já são uns 10 anos que a estrada está na mão da Concepa. Há 2 pedágios em um trecho de 100 km (que dá o nome de Freeway para esta parte da BR 290).
Tá certo, os caras deram uma melhorada na estrada, pintaram uma terceira faixa e deram uma alargada, mas mesmo assim não resolveram todos os problemas da via.
É inadimissível que depois desse tempo todo não se tenha sequer resolvido qual o tipo de asfalto seria utilizado no trecho. Quem volta do litoral encontra pedaços de um outro tipo de piso (bem melhor, na minha opinião), mais claro. Há anos que está assim, e há anos que dizem ser um teste, que seria empregado em toda a estrada...
A entrada em Osório é péssima, um gargalo.
O fato é que as obras parecem ser paliativas. Parecem ser só para dizer que se está trabalhando na via.
Inclusive, é notório que essas concessionárias não têm cumprido com os contratos. Não apresentam as planilhas de custos. Ou seja, não há prestação de contas da arrecadação.
As cabines de pedágio são, na realidade, caixas registradoras.
Mas que não registram, só recebem...
Enquanto isso, em momentos de pico, seguiremos andando, parando, andando, parando, pagando, andando, parando, andando, parando, pagando...

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home