Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

10/08/2006

Força, COMANDANTE!

Grande Fidel.

Com certeza és uma daquelas pessoas que deveriam viver para sempre.

Acossado pelo império. Pressionado. Violentado. Corajoso. Forte. Coerente. Duro. E líder.

Mantenedor de um regime que poucos entendem porque a inteligência medíocre alimentada pelo sistema capitalista não alcança. Para estes, a democracia tem listras vermelhas e brancas e estrelas e anda de Ferrari. A liberdade só se consegue com bombas e explosões. Para estes, participação é votar, é eleição.

Que pena...

Não entendem a democracia da praça pública - também, não a conhecem. Não entendem que 1 milhão de pessoas na rua é muito maior do que 500 dentro de um congresso legislando por interesse próprio.

Que pena, Comandante!

És, com certeza, um exemplo a ser seguido.


Abaixo uma expressão desses que não entendem e que acham que felicidade se escreve FELI$$IDADE...

Entrevista online do clique RBS com o historiador Voltaire Schilling (quem é esse cara?):

Historiador diz que Fidel não é um exemplo a ser seguido
Voltaire Schilling conversou com jornalistas e internautas do clicRBS

Logo no começo, a pérola:

clicRBS – O que representa para Cuba o afastamento de Fidel?
Voltaire Schilling – A doença de Fidel e sua aposentadoria representam o fim de uma época. Provavelmente Cuba voltará lentamente ao caminho da democracia.

É incrível como esta cultura do capitalismo se especializou em modificar o significado das palavras. É incrível como termos tipo "democracia" e "liberdade" só podem ser mencionados por poucos iluminados que detêm o cajado da semântica contemporânea. Mas que democracia será que este historiador está se relacionando? Será que é aquela que vivia Cuba antes? Aquela dos cassinos e cabarés que alimentavam a libertinagem estadunidense do início do século XX? Ou a da prisão de Guantânamo? Aquele baluarte da "democracia" de Bush e seus comparsas no pedaço da ilha que pertence ao império.

Mais uma:

clicRBS – O que o senhor pensa da possibilidade de intervenção da Venezuela?
Voltaire Schilling – Não há a mínima possibilidade disso ocorrer. Os cubanos não lutaram meio século por sua independência para agora vir a sucumbir frente a um presidente da Venezuela.

Típico pensamento de alguém que sequer consegue imaginar como funciona um sistema de cooperação entre nações. Para este tipo de pensamento - o da RBS - dar dinheiro para programas que levam pessoas pobres para fazer cirurgias de correção da catarata em Cuba é populismo, tentativa de cooptação, entre outros. Mas dar dinheiro público para banqueiro, montadora, ou produtor de aço é investimento.

Outra:

clicRBS – O que Fidel representa para a esquerda internacional contemporânea?
Voltaire Schilling – Hoje, acredito que não representa mais nada. O carisma esvaziou-se com o tempo.

Conhece muito esse cara.

Pergunta de internauta – O senhor não acredita que exista uma sociedade socialmente igual em Cuba, e que as pessoas gostem disto, apesar de não terem acesso ao consumo como aqui?
Voltaire Schilling – Se as pessoas gostassem do regime vigente em Cuba, não se arriscariam a navegar em balsas para a costa americana.

Vamos, então, a partir desse ponto-de-vista, expressado aqui, raciocinar: e o que dizer de sociedades de consumo como o México e o Brasil? Estes também não se arriscam e morrem tentando entrar nos Estados Unidos?

clicRBS – O senhor disse que, hoje, Fidel não representa mais nada para a esquerda. O que ele representou?
Voltaire Schilling – Representa o passado, as esperanças dos anos 60, dos anos da descolonização e dos sonhos da revolução social. Um passado que hoje parecer ter-se perdido no tempo.

Mais uma premissa da direita. É afirmar categoricamente que tudo que vá contra economias de mercado, ou outros tipos de organizações sociais não constituídas em cima da exploração da mais-valia, seja ultrapassado, mesmo que nunca tenham sido sequer completamente executadas. Esquecem-se – ou melhor, se fazem esquecer – que falida e ultrapassada é a sociedade que executa há séculos os ideários do Feudalismo. A distinção que se tem hoje para aquela época, neste lado do mundo, de característica cristã, perpassa apenas pela densidade populacional, que aumentou em muito, e pela evolução da tecnologia e das relações escravocratas e patriarcais.

Porque o objetivo continua sendo o mesmo: acumulação.


link para a íntegra: CLICA AQUI

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Muito legal o blog da tua mãe!
Outra coisa viu esse texto sobre o comandante: https://www.voltairenet.org/article142900.html

14/08/2006, 23:20

 

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