Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

27/11/2006

1 ano da Batalha dos Aflitos

Ontem fez um ano da Batalha dos Aflitos. Aquele dia em 2005 foi um dos dias mais emocionantes que eu já tive.

Eu sou gremista de quatro costados. Sou daqueles que acompanho muito o futebol. Vou ao estádio, viajo quando posso.

Naquele dia, estava em Santana do Livramento. Fui acompanhar minha mãe em um evento em Rivera - ela iria palestrar acerca do Serviço Social.

Eu e meu pai literalmente a abandonamos junto da Têmis no local do evento (em frente à praça que divide Livramento e Rivera). Atravessamos "de volta para o Brasil" e sentamos em um bar. Faltava pouco mais de uma hora para o jogo e não havia ninguém ali ainda. Eu estava muito nervoso. Fomos conversando e tomando cerveja para dar uma relaxada, mas estava difícil. Meu pai se levantou e foi dar uma volta na praça - também estava bastante nervoso.

Quando ele voltou, o jogo estava para começar. O bar já estava lotado também.

Assistimos ao primeiro tempo e foi tudo ficando mais complicado à medida que o jogo não se mostrava muito favorável, inclusive com o Náutico errando um pênalti. Mas a Portuguesa vinha segurando o Santa Cruz no outro jogo e, mesmo perdendo, então, voltaríamos para a primeira divisão. De certa forma, isso era alentador.

No intervalo, recebemos a companhia de minha mãe e da Têmis.

E começava o segundo tempo. O jogo continuava encardido. E o Santa Cruz passou na frente da Portuguesa. Isso nos deixou extremamente tensos, pois qualquer descuido seria fatal. A vitória do Náutico nos deixaria por mais um ano na segunda divisão...

Então, o Escalona, nosso lateral esquerdo, foi expulso. A coisa começou a piorar. Dava para notar nas feições de todos ali no bar um sentimento de pré-desespero.

Então... Então, veio o pênalti.

Meu Deus!!! Um terror! Ninguém acreditava naquilo. E veio a confusão toda. Mais explusões. A gente conjecturava pedindo que o treinador e a direção tirassem o time de campo. Outros queriam mesmo era que o cara batesse o pênalti logo, acreditando que ele não iria fazer o gol.

E eu não acreditava... Realmente achei que ali estava se desenhando o fim.

Mas acontece que este é o IMORTAL Tricolor, e o que veio a seguir foi uma das coisas mais espetaculares que já presenciei (choro enquanto escrevo isto).



Quando o Galatto defendeu o pênalti, não consegui me conter. Me joguei no chão e não parava de chorar. Não acreditava naquilo, pelamordedeus! Fui sendo erguido, aos poucos, pela minha mãe e pela Têmis. Fui me recompondo e retornei a olhar para a televisão. Ainda faltava muito tempo e a gente tinha 3 jogadores a menos. E não é que o Anderson me faz um gol! E, 71 segundos depois do pênalti, lá estava eu no chão de novo. Chorando que nem criancinha. Berrava, chorava às pencas. Nunca tinha visto tanta lágrima...

A partir daí, foi só festa. Pegamos o carro e voltamos naquela noite mesmo para Porto Alegre. Tranqüilos, felizes e aliviados.

Ah! E ontem comemoramos este aniversário de uma ano. Assei um churrasco aqui em casa com uns amigos, assistimos ao DVD INACREDITÁVEL e fomos ver Grêmio x Flamengo. Grande jogo, 3 a 0. Atuação de gala do Tcheco.

E a torcida... Que torcida!!!



Dá-lhe Grêmio!!!!

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Guga, moro atualmente em São Paulo, mas sou pernambucano. E, apesar de torcer pelo Sport, tenho muitos amigos alvirrubros. Achei interessantíssimo o teu relato do jogo do ponto de vista gremista, pois acompanhei, ainda que de longe, o desespero da torcida do Náutico quando acabou o jogo. Ninguém acreditava. Segundo me contam, parecia a final de 50. Grande abraço. E parabéns pelo blog.

29/11/2006, 20:12

 
Blogger Guga Türck disse...

Valeu, Marconi!
Teu blog é que é sensacional!!!
Vou fazer o link por aqui.

Abração.

30/11/2006, 14:25

 

Postar um comentário

<< Home