No Rio Grande do Sul, corte de 30% o social
Saiu no Brasil de Fato (de 8 a 14 de fevereiro de 2007) - http://www.brasildefato.com.br/
Além de determinar às suas secretarias um corte de gastos de 30% a governadora gaúcha Yeda Crusius propôs uma redução de 20% dos cargos de confiança e o contingenciamento, por cem dias, das despesas administrativas, como a contratação de novos funcionários.
Para Raul Pont, deputado estadual (PT-RS), o corte linear de 30% nas secretarias mostra, na verdade, incompetência na gestão. "Não é feita nenhuma seleção. Existem alguns setores terceirizados que poderiam sofrer um corte de 100%. Também não se pode dar o mesmo peso para áreas como saúde e educação e, por exemplo, à publicidade", analisa.
Yeda também prepara um plano de metas para a segurança pública no qual cada policial deverá fazer, ao menos, seis abordagens por dia. Milton Viário, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, já prevê um aumento da violência no Estado por conta da medida. "Parece que vem um pouco da 'Tolerância zero'; não se combate violência. Pior, vai aumentar a insegurança de quem está na linha de frente", avisa.
Mesmo reconhecendo que o Rio Grande do Sul enfrenta uma grande crise econômica, Viário teme que, se a governadora for se fortalecendo com o apoio que recebe da mídia coporativa local, conseguirá pôr em prática medidas neoliberais mais agressivas. "Ou seja, privatizações, diminuição dos investimentos públicos, retirada de direitos. Hoje, isso não está em pleno curso, mas já começou com a segurança pública", alerta. (LB)
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