Geral da Terra, do ar, do mar e da Lua... Alma das flores, das cores, das pessoas nas ruas... Geral de tudo que se vê, de tudo que se ouve, das verdades nuas.

30/11/2006

Os professores das alunas dos professores de piano

Não é preciso nem se ir muito longe. É só passar de vez em quando pelo portal Terra para confirmar: a banalização do sexo veio para ficar.

Faço, então, um recorte de duas coisas que permanecem sendo destacadas na capa deste arremedo de veículo de comunicação.

- "Na cama, mando ver nas fantasias", diz Eliana
"(...)-> Foto: Eliana de shortinho!
'Gosto das fantasias de enfermeira e colegial...', contou ela que, recentemente, teria contado detalhes de uma transa com seu marido a uma amiga, nos bastidores do seu programa na Record.(...)"


- Pela 3ª vez na semana, Britney Spears sai sem calcinha
"(...)Britney Spears, 24 anos, foi fotografada sem calcinha pela terceira vez na semana, segundo informações do site TMZ.(...)
-> Veja a foto ampliada!(...)"


Não vou botar os linques aqui.
E não quero começar nenhuma campanha moralista.
Só acho necessário observar algumas coisas.
Todos têm direito de ter fantasias sexuais das mais variadas e contá-las para quem quer que seja - na TV, na rua, em revistas...
Todos têm direito de sair sem calcinha, cuecas, sutiã, seja lá o que for.
Todos mesmo.
A grande questão é sobre a exploração destes temas sem nenhum cuidado, sem nenhuma responsabilidade.
Os veículos de comunicação sempre recorrem a chamados "especialistas" para justificar suas causas e teses. Enfiam tudo goela abaixo sem chance de contraponto.
Gostaria de saber o que os "especialistas" de plantão têm a dizer sobre a exposição de modelos de conduta (chamados de role models pelos que mandam em nossa cultura) de crianças e pré-adolescentes.
Eliana sempre foi uma apresentadora de programas infantis. Sua imagem sempre foi ligada a crianças muito pequenas, nem pré-adolescentes eram.
Spears é uma cantora que explora o mercado infanto-juvenil. Seu público alvo são as pré-adolescentes de 13 a 16 anos que freqüentam as high schools (ensino médio) do mundo.
Não é preciso nenhum raciocínio muito profundo para se entender o que ocorre.
Mas é, sim, difícil de se responder uma questão:
Afinal de contas, de quem é a responsabilidade pela violência sexual contra crianças e pré-adolescentes?
- seria de Spears e Eliana, que exploram a faixa etária de uma maneira comercialista, sem nem prestar atenção que seus atos são copiados e que influenciam as personalidades de gerações?
- seria dos pais, que se esquecem, ou simplesmente se utilizam de expedientes da mídia - como a televisão - para aquietar a cria? Para não terem que se estressar explicando, corrigindo ou ensinado seus rebentos, ou seja, sendo pais?
- seria da mídia, que apenas veicula sem responsabiliadde nenhuma estes, digamos assim, "deslizes" dos ícones infanto-juvenis, sem ao menos levantar as conseqüências de seus comportamentos? Que lava as mãos com o discurso da livre expressão? Da transferência de responsabilidade?

De quem mais??? Dos professores de piano?
Mozart era um louco mesmo. Olha só a cara dele! E aquele cabelinho...
Certo que o cara influenciou legiões de professores de piano pedófilos pelo mundo.
Se demorar muito, é até capaz de algum "especialista" vir dizer que a sonoridade dele estimula desejos fantasiosos de garotinhas com vestidinhos xadrez, estilo colegial.
Ops! Isso não...
Isso era a fantasia da Eliana...


_______________________________
Essa deu no Correio do Povo (só para assinantes - quem não for, use login: gustavo.turck@terra.com.br e senha: catarse).

29/11/2006

Ainda sobre o Sinos

Marco Aurélio Weissheimer tem feito uma puta cobertura sobre a questão da poluição ambiental, com grande foco no Rio dos Sinos, no RS Urgente.

Sobre isso, vou acrescentar. Uma mosca verde me assoprou que essas empresas/indústrias de beneficiamento de couro que fazem os brinquedinhos (ossinhos) de cachorros de madame, que trabalham praticamente somente com exportações (na realidade, exportação é só modo de dizer, já que as empresas não são nem daqui), forjam os laudos de controle ambiental, das emissões de produtos nos rios e tudo o mais... A mosca, coitada, tá circulando na merda, mas - como sempre - não pode fazer nada, visto que do cocô sai o seu sustento (como é perfeito este sistema!).

Ah! E grande parte dessas enterprises está localizada na bacia do pobre Sinos...

E mais uma: parente desta mosca, um mosquito morando na distante região amazônica, traz notícia de que mora em casa talhada e construída com madeira nobre (de extração proibida). Sondei: "mas como?". Resposta: "Fulano é militar. Eles conseguem de barbada as madeiras apreendidas pelo IBAMA e pelo exército". Ah, tá...

27/11/2006

1 ano da Batalha dos Aflitos

Ontem fez um ano da Batalha dos Aflitos. Aquele dia em 2005 foi um dos dias mais emocionantes que eu já tive.

Eu sou gremista de quatro costados. Sou daqueles que acompanho muito o futebol. Vou ao estádio, viajo quando posso.

Naquele dia, estava em Santana do Livramento. Fui acompanhar minha mãe em um evento em Rivera - ela iria palestrar acerca do Serviço Social.

Eu e meu pai literalmente a abandonamos junto da Têmis no local do evento (em frente à praça que divide Livramento e Rivera). Atravessamos "de volta para o Brasil" e sentamos em um bar. Faltava pouco mais de uma hora para o jogo e não havia ninguém ali ainda. Eu estava muito nervoso. Fomos conversando e tomando cerveja para dar uma relaxada, mas estava difícil. Meu pai se levantou e foi dar uma volta na praça - também estava bastante nervoso.

Quando ele voltou, o jogo estava para começar. O bar já estava lotado também.

Assistimos ao primeiro tempo e foi tudo ficando mais complicado à medida que o jogo não se mostrava muito favorável, inclusive com o Náutico errando um pênalti. Mas a Portuguesa vinha segurando o Santa Cruz no outro jogo e, mesmo perdendo, então, voltaríamos para a primeira divisão. De certa forma, isso era alentador.

No intervalo, recebemos a companhia de minha mãe e da Têmis.

E começava o segundo tempo. O jogo continuava encardido. E o Santa Cruz passou na frente da Portuguesa. Isso nos deixou extremamente tensos, pois qualquer descuido seria fatal. A vitória do Náutico nos deixaria por mais um ano na segunda divisão...

Então, o Escalona, nosso lateral esquerdo, foi expulso. A coisa começou a piorar. Dava para notar nas feições de todos ali no bar um sentimento de pré-desespero.

Então... Então, veio o pênalti.

Meu Deus!!! Um terror! Ninguém acreditava naquilo. E veio a confusão toda. Mais explusões. A gente conjecturava pedindo que o treinador e a direção tirassem o time de campo. Outros queriam mesmo era que o cara batesse o pênalti logo, acreditando que ele não iria fazer o gol.

E eu não acreditava... Realmente achei que ali estava se desenhando o fim.

Mas acontece que este é o IMORTAL Tricolor, e o que veio a seguir foi uma das coisas mais espetaculares que já presenciei (choro enquanto escrevo isto).



Quando o Galatto defendeu o pênalti, não consegui me conter. Me joguei no chão e não parava de chorar. Não acreditava naquilo, pelamordedeus! Fui sendo erguido, aos poucos, pela minha mãe e pela Têmis. Fui me recompondo e retornei a olhar para a televisão. Ainda faltava muito tempo e a gente tinha 3 jogadores a menos. E não é que o Anderson me faz um gol! E, 71 segundos depois do pênalti, lá estava eu no chão de novo. Chorando que nem criancinha. Berrava, chorava às pencas. Nunca tinha visto tanta lágrima...

A partir daí, foi só festa. Pegamos o carro e voltamos naquela noite mesmo para Porto Alegre. Tranqüilos, felizes e aliviados.

Ah! E ontem comemoramos este aniversário de uma ano. Assei um churrasco aqui em casa com uns amigos, assistimos ao DVD INACREDITÁVEL e fomos ver Grêmio x Flamengo. Grande jogo, 3 a 0. Atuação de gala do Tcheco.

E a torcida... Que torcida!!!



Dá-lhe Grêmio!!!!

Ato falho?

O Diário Gauche já havia mencionado - os deputados deveriam usar jaqueta identificando a qual grupo econômico pertencem.

Pois diz-se estes serem os verdadeiros partidos: as empresas.

E pergunta-se que interesses um deputado financiado pela Gerdau defenderia...

E não é que hoje, no programa de rádio do Lassiê Martins (num dos meus raros momentos de fritura cerebral), ficou óbvio e ululante perceber quem manda mesmo neste estado/país.

É um história daquelas estilho "ato falho"(?).

O anchorman do mau jornalismo gaudério entrevistava diversos postulantes a cargos no velho novo governo de Yeda Cruisis Credo. Esculava com os maiores ícones da extrema direita raivosa - a quem não cansou de chamar de "amigos". Nomes como Vieira da Cunha, Francisco Turrão, Mendes Ribeiro Filho e Júlio Redecker se sentiam lisonjeados com os gracejos de Lassiê, mas negavam qualquer indício de participação no velho novo governo.

E foi de Redecker o tal do ato falho. Ao ser perguntado onde estava, este respondeu: "Estou em um seminário do PSDB, aqui na Assembléia... Ahn, na realidade, não. Estou na FIERGS, isso, na FIERGS" (sic).

A confusão entre a Assembléia e a Federação das Indústrias do RS não é de se surpreender. Os verdadeiros partidos dos dias de hoje não têm afiliados, têm investimentos.

24/11/2006

O maestro Tom Zé


É um maestro, mesmo. Tom Zé brinca com os sons. Talvez não seja um músico como Hermeto Pascoal (que não gosta de Tom Zé - clique aqui para ler entrevista), mas explora a sonoridade com excelência. E, no show de ontem, apresentou seu novo trabalho:
Danç-Êh-Sá.

É um disco que, segundo o próprio, foi feito sem letra nenhuma, inspirado em pesquisa da MTV que consatou seu público - gurizada entre 14 e 25 anos (algo assim) - ser hedonista, individualista, que não gosta de letra, não gosta de pensar e por aí vai... "Então eu fiz o disco sem letra nenhuma!".

E é verdade. Aliás, nem tanto. Mesmo as onomatopéias falam alguma coisa. Tom Zé apresentou as músicas, literalmente. Contou a história de cada uma, como a Atchim, que se baseou em uma vez que esteve na Daslu - sim, ele gosta de lojas e tinha que conhecer a Daslu! Espirrou por lá e percebeu que este seu ato fisiológico não condizia com o ambiente. Pelo menos aquele que "proferira". Fez a música, então, para os espirros da elite, para mostrar que a diferença de classe também está presente no "saúde, deus te crie" e vá pedrada...

E essa foi apenas uma das histórias. Tom Zé dissertou sobre várias coisas, sempre se utilizando de uma verborragia inteligentíssima e uma serenidade de quem está nos seus 70 anos - mas com muita juventude! Ele contou histórias de sua terra, sua vida, falou do racismo, da miscigenaçao brasileira. Citou Gilberto Freire, foi longe na intelectualidade. Uma pena que aquele não parecia ser o lugar certo para isso...

Como?! Não era o lugar certo???

Claro que era! Era o Salão de Atos da UFRGS, uma universidade!!!

Tá certo... O lugar era o correto. O problema eram as pessoas.

Incrível o que acontece com Porto Alegre. De repente se descortina uma áura amorfa por sobre a pós-adolescência da cidade. Exatamente aqueles que cresceram respirando o Fórum Social Mundial são os mesmo que asfixiam os seus ideais.

Uma platéia fria, racista, até. É o que a cidade está se transformando.

Uma legião de fantasiados, com cabelos pintados, piercings e outros signos de rebeldia. Uma legião que expressa insurreição, mas que gruda a bunda na cadeira e reclama daqueles em catarse com o momento. Reclama de quem assovia alto, de quem se atreve a dançar, julga quem reage.

É uma nova era. É uma era de modas e imagens.

A pós-adolescência porto-alegrense quer mesmo é se bombar de ecstasy em festa rave. Quer a balinha à toda prova. O que antes só se observava nas festas obscuras, de acesso privê, se disseminou. Virou cultura. São hordas que se deslocam pela cidade e arredores promovendo a pasteurização da mentalidade humana. Não fumam nem mais maconha...

E foi essa galera que bradou o Fórum aos sete ventos. Essa galera que dizia querer mudar o mundo, que sempre votou no PT, mas que, agora, decepcionada, não quer mais saber de política e aperta o "4" e o "5" sem pestanejar na frente da urna: "é tudo a mesma coisa, mesmo".

Essa é a POA RS.

Tá certo que nem todo mundo é assim. Que existem as exceções. E esse é o problema, são apenas exceções a uma regra bisonha e triste.

"Mas, vai ver, o Tom Zé não emocionou o público"... Tá mais para o público não ter emocionado Tom Zé, este grande artista.

O problema do show foi isso: tinha porto-alegrense demais na platéia.

Ah! E Tom Zé é o cara!!! E entrou para a galeria ali do lado.

obs: moro em POA desde que nasci, em 1979.
obs 2: segue abaixo uma das músicas que Tom Zé cantou. Letra forte, contundente e real. Timing perfeito para ser expressa em Porto Alegre...

O PIB DA PIB
(Tom Zé / Sérgio Molina / Alê Siqueira)
Gênero: Bloco de Turistas Europeus para o Cordão das Meninas do Nordeste
ARRASTÃO DE ROSSINI - O BARBEIRO DE SEVILHA
Ed. Irará (Trama) 70274716


Catorze, catorze anos,
Doze anos, doze anos

Imagine um gringo daquele tamanho
Em cima da criança pobre nordestina,
Sufocada, magricela, seca, pequenina,
Ah, Nossa Senhora minha

O PIB da PIB que pimba no seco
Pimba no molhado
Pimba no seco saco seco
Peixe badesco na filha dos outros é refresco

Ô Senhora, Mãe Senhora,
Nessa hora olha pra tua menina, Senhora

A Prostituição Infantil Barata
É a criança coitadinha do Nordeste
Colaborando com o Produto Interno Bruto
E esse produto enterra bruto

Que dor, que dor
Que suja a bandeira
Oi, essa quebradeira
Oisquindô - lalá

Catorze, catorze anos,
Doze anos, doze anos

O governo acha que se ela pega
Uma aidisinha não é nada, nada
Passa na vizinha, vai na rezadeira
Pede à benzedeira chá de aroeira
Que esse Produto Interno Bruto
Justifica tudo.

A grana da Europa que bate na porta
Doutor pouco se importa se ela seja porca
Vêm o godo, o visigodo, o germano, o bretão
Eita, globarbarização

O diabo zela a politipanela
Quando acende vela
Reza Ave-Maria todo o dia
Esse capeta pelo rabo
Soque esse diabo

Ah, ah, pinta-la-inha
Bê cana-bentinha
Cê cê de marré-deci

Que dor, que dor,
Que suja a bandeira
Oi, essa quebradeira
Oisquindô - lalá

Bob Marley

Depois do show-palestra do Tom Zé (que vem resenha daqui a pouco), a gente tá criando uma galeria, digamos assim, de notáveis aqui no blog. Eles vão ficar ali na "sidebar", com imagem e destaque. Tipo, vai ser uma incrementada. Vai ficar ali embaixo do presidente Chávez e vai se chamar GALERIA D'OS CARAS (aceitam-se sugestões!!!).

E vamos começar com o Bob Marley.

Grande filósofo de uma época já não mais tão contemporânea (pré-ecstasy). Mestre do reggae, cantava de verso-em-prosa as mazelas do povo negro e lutava pela sua libertação a partir de uma visão religiosa muito particular.

Bob era um rastaman. Era um cara que acreditava ser a Etiópia a terra prometida do povo negro. Se dizia este ser o único país que resistiu à colonização européia. Bob pregava que os negros deveriam migrar de volta para lá e serem recebidos nos braços de Haile Selassie, o rei etíope, no Monte Zion. Bob tinha tanta crença nessa história que se deprimiu ao ver a sua música ser mais aceita pelos brancos do que pelos negros.

Morreu em 1981, em Nova Iorque, provavelmente envenenado (dizem que foi de câncer), assassinado pelos mesmos que mataram John Lenon e outros tantos que tentaram levantar a voz contra a dominação.

Bob Marley era o cara!!!

22/11/2006

Amanhã tem Tom Zé na UFRGS!!!

Incrível!
Conseguimos!
Graças ao nosso grande amigo Ado iremos ver o Tom Zé de pertinho amanhã no Salão de Atos da UFRGS.
Não deu o Los Hermanos, mas a emenda ficou melhor do que o soneto!!!
Tom Zé é o cara!
Abaixo reproduzo uma seqüência de posts que fizemos sobre ele. Tem EMEPETRÊS para baixar, não se acanhe! Clique!!!
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Doutor: Meus senhores, vou lhes apresentar
A figura do homem popular,
Esse tipo idiota e muquirana
É um bicho que imita a raça humana.

O homem: O doutor exagera e desatina
Pois quando o pobre tem no seu repasto
O direito a escola e proteína
O seu cérebro cresce qual um astro
E começa a nascer pra todo lado
Jesus Cristo e muito Fidel Castro

****

Africará mingüê e favelará
mérica de verme que deusará
Iocuné Tatuapé Irará

****

Doutor: Veja o pobre de hoje: quer tratar
Do direito, da lei, ecologia.
É na merda que eles vão parar
Ou na peste, maleita, hidropisia.

O homem: Mas o Direito, na sua amplitude
Serve o grande e o pequeno também.
Além disso quem chega-se à virtude
E da lei se aproxima e se convém
Tá mostrando ao doutor solicitude
Por querer o que dele advém.

(Tom Zé / Gilberto Assis)

SALVE, TOM ZÉ!
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Tá afim de entrar em transe?!
No meio do dia?
No escritório?
De rédifone?
Tenta um xique-xique.
Tem Arnaldo Antunes junto.
Clica aqui e pega ela.
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SENHOR CIDADÃO
Poema "CIDADE" de Augusto de Campos

Senhor cidadão
senhor cidadão
Me diga, por quê
me diga por quê
você anda tão triste?
tão triste
Não pode ter nenhum amigo
senhor cidadão
na briga eterna do teu mundo
senhor cidadão
tem que ferir ou ser ferido
senhor cidadão
O cidadão, que vida amarga
que vida amarga.

Oh senhor cidadão,
eu quero saber, eu quero saber
com quantos quilos de medo,
com quantos quilos de medo
se faz uma tradição?

Oh senhor cidadão,
eu quero saber, eu quero saber
com quantas mortes no peito,
com quantas mortes no peito
se faz a seriedade?

Senhor cidadão
senhor cidadão
eu e você
eu e você
temos coisas até parecidas
parecidas:
por exemplo, nossos dentes
senhor cidadão
da mesma cor, do mesmo barro
senhor cidadão
enquanto os meus guardam sorrisos
senhor cidadão
os teus não sabem senão morder
que vida amarga

Oh senhor cidadão,
eu quero saber, eu quero saber
com quantos quilos de medo,
com quantos quilos de medo
se faz uma tradição?

Oh senhor cidadão,
eu quero saber, eu quero saber
se a tesoura do cabelo
se a tesoura do cabelo
também corta a crueldade

Senhor cidadão
senhor cidadão
Me diga por quê
me diga por quê
Me diga por quê
me diga por quê
___________________________________

A tecnologia é sensacional.
Quando bem usada...
Não, ela É sensacional.
As pessoas é que não são.
É como a televisão.
Ou alguém acha que a culpa por todas as merdas que passam nela é da caixa de plástico com vidro?
É...
A tecnologia é SENSACIONAL.
Permite que o Senhor Cidadão que está lendo isto aqui, agora, possa ouvir também.
O quê?
É a música do Tom Zé, ali de cima.
Clica aqui e pega ela. Tá em emepetrês.
Mas por quê?
Porque o Tom Zé é SENSACIONAL!

21/11/2006

A autoridade de quem tem o poder

As coisas no RS realmente estão chegando às raias da loucura. Sinceramente, surge uma temeridade de que somente atitudes mais fortes possam efetivamente mudar o panorama de constante provocação e afirmação da autoridade de ricos e produtores de uma ideologia facista dominante...

Aqui vai só um pequeno apanhado do fraquíssimo Correio do Povo:

- Aracruz Celulose compra área da fazenda Southal em São Gabriel
"(...)A área é só uma parte dos 7,4 mil hectares que a Aracruz pretende adquirir da Southal, que possui 13 mil hectares e é seguidamente ameaçada de invasão pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).(...)"
para ler a matéria, clique aqui e, se não tiveres, use como usuário gustavo.turck@terra.com.br e senha catarse

- Yeda não descarta alternativas
hmmmm... Privatização do Banrisul seria uma destas? No texto da matéria não se especula isso, mas... Quem quiser ler, clique aqui

- MST
"(...)em Eldorado do Sul. Crianças estão doentes e o acampamento está em condições precárias.(...)"
clique aqui

- Maçons destacam o Executivo
"(...)atração de mais de 300 empresas de grande porte para o Estado nos quatro anos do governo Germano Rigotto - o que representa R$ 30 bilhões de investimentos e geração de 53 mil empregos - foi reconhecida ontem por um grupo de integrantes do Grande Oriente do Rio Grande do Sul como uma mudança histórica no perfil econômico do RS.(...)"
QUE CRISE, QUE NADA!!! clique aqui

- Sinos passa a ganhar oxigênio puro
"(...)Serão injetados 40 mil metros cúbicos de oxigênio puro por um período de 30 dias.(...)"
E o lixo químico??? E as multas?! Quais eram as empresas???
clique aqui
e clique aqui para ler no RS URGENTE algo mais próximo à realidade...

E ESSA AQUI É DEMAIS!!!
- Dia de terror e caos para os passageiros nos aeroportos
TERROR??? Meu Deus... Quando se diz que essa elite tem o mundo em torno do próprio umbigo é porque a barriga deles é enoooooooooooorme!
clique aqui

LEÃO ESPERANÇA

Não sei se essa é verdadeira.
Sei, também, que é brabo especular, mas como isso é uma prática dessa turma da grande mídia, aqui vai um pouco do feitiço para virar contra o feiticeiro...

Aliás, essa história, inclusive, me parece plausível até demais. E tem ainda aquela máxima: quando uma coisa parece muito que é, daí é que é mesmo.

A fonte de onde saiu isso que tá rolando nuns emílios:
http://alertatotal.blogspot.com/

(abre aspas)
Leão Esperança

Circula na Internet um e-mail cuja mensagem vem causando arrepios à Rede Globo:

"Criança Esperança - Você pagando o imposto da Rede Globo.
Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro é mentira. Porque no mês de abril do ano seguinte, ela (TV Globo) entrega o seu imposto de renda com o seguinte desconto: Doação feita à Unicef no valor de (aqui vem o valor arrecadado no Criança Esperança). Ou seja, a Rede Globo já desconta pelo menos 20 e tantos milhões do imposto de renda graças aos babacas que fazem as doações!
Agora, vai você colocar no seu imposto de renda que doou 7, 15, 30 reais ou mais pro Criança Esperança. Não pode, sabe por quê? Porque Criança Esperança é uma marca somente e não uma entidade beneficente. Já a doação feita com o seu dinheiro para o Unicef é aceito. E não há crime nenhum aí, você doou à Rede Globo um dinheiro que realmente foi entregue à Unicef, porém é descontado na Receita Federal como doação da Rede Globo e não sua.
Do jeito que somos tungados pelos impostos, bem que tal prática contábil tributária poderia se chamar, de agora em diante, de: Leão Esperança
".
(fecha aspas)

19/11/2006

Crônicas de uma certa arquibancada

Ontem, durante o jogo, a torcida começa a gritar em massa:
- China! China! China!

O rapazote do interior se vira e fala para o amigo:
- Nossa! A galera tá necessitada! Nunca vi gritar em coro, desse jeito, por puta...
-----------

Quem nasceu no meio da década de 80 não conheceu o China. Um grande voltante que foi CAMPEÃO DO MUNDO com o Grêmio, tendo mais uma penca de outros títulos. Foi uma década tricolor, que o interzinho só levava laço de Jorge Veras, Lima e cia.

18/11/2006

Hã? Como?


Sou cercada por antenas de celular. Aqui perto de casa tem três. Há um tempo atrás, lembro da luta de um grupo de moradores do Bom Fim pela remoção de antenas do bairro por causa da agressão à saúde. Logo, minha saúde está sendo 3 vezes ameaçada. Mas, é o ônus da vida moderna, não é? No entanto, dentro da minha casa meu celular - e o do Guga - não recebem e nem realizam chamadas por FALTA DE SERVIÇO.

Não to entendendo...!

17/11/2006

A Missão


Eu, o Guga, o João, o Ado e a Márcia vamos amanhã!
Qualquer peça que saia da Terreira é um espetáculo imperdível! Tanto pelo conteúdo filosófico, político e social que mantém a arte da Terreira enquanto espaço de resistência, quanto pela estética impecável e inacreditável, como um sonho.




E pra quem não vai amanhã e tá a fim de ir ver a peça tá lá na Terreira da Tribo (João Inácio, 981), quinta, sexta e sábados, às 21h - entrada a 20 pila!!


"A Missão (Lembrança de uma Revolução) é o resultado da pesquisa realizada pelo Ói Nóis Aqui Traveiz, no último ano, dentro da vertente do Teatro de Vivência, onde o espectador está integrado ao espaço cenográfico, vivenciando as ações cênicas em diferentes ambientes. A encenação evoca a revolta dos escravos na Jamaica, nos anos seguintes à Revolução Francesa e reflete sobre o Terceiro Mundo: objeto de exploração e simultaneamente, fermento do novo". - www.oinoisaquitraveiz.com.br

Anorexia cerebral

Enquanto isso, a Chanel tá dizendo que a morte de uma modelo brasileira de 21 anos por anorexia nervosa não era culpa da moda.
Ah, tá!!!
Vai ver a culpa é minha, que só compro roupa em balaião e tomo remédio para engordecimento (ceva).
Quando alguém, ou alguma empresa, estimula um padrão e se sustenta pelo consumo do mesmo, me parece ÓBVIO que estes devem ser responsabilizados pelo que acontece!
Agora a culpa das mortes por câncer de pulmão não é da indústria do cigarro, mas, sim, das pessoas que fumam?!
Poramordedeus...
Quem tem mais de 40 anos é descartável para o mercado de trabalho.
Quem tem mais de 40 quilos é descartável para a moda.
Quem tem QI superior a 40 também...

15/11/2006

a música, ah! a música...

Tentamos ingressos para o Los Hermanos, que vai rolar nos dias 17 e 18 no Salão de Atos da UFRGS. Não deu. Uma pena.
Esgotou-se o que era 'douce'.
Mas ainda bem. Porque Los Hermanos é uma banda sensacional.
Uma das poucas bandas, aliás, que ainda existem pelo Brasil, porque a maioria é pleibeque, ou funk, não como me gusta, mas bagaceiro mesmo.
E é interessante que uma galera ouça e esgote ingressos neste tipo de CULTURA que o Los Hermanos representa.
Isso faz a gente refletir que nem tudo está perdido, ainda. Que a indústria ainda não tomou conta de todas as mentes.
Lembro-me de outra banda em especial. Inclusive ouço o seu som no momento em que escrevo este texto.
É, para mim, a maior expressão da cultura brasileira dos dias de hoje.
Lembro-me do ano de 2000.
Estava em Maceió, alojado na Universidade Federal, para o Enecom (um encontro dos estudantes de comunicação).
Numa das noites teria um showzinho na quadra coberta no centro do campus.
Arrastapé de integração com a galera! Mas é claro que eu fui!
A banda tinha um nome estranho, complexo, comprido. Eu não dava nada para os caras, pra falar a verdade.
Bom, o que eu vi, então, foi algo de sensacional, me deixou paralisado em êxtase.
Os caras detonaram!
E não era só música, era expressão cultural cênica, da raiz, do interior de Pernambuco.
Que batida! Que som!
Incrível...
Voltei para Porto Alegre e procurei onde pude informações sobre aquilo que eu acabara de presenciar.
Não achei nada. Lembrei, então, do que o vocalista disse pra galera naquele dia (umas 600 pessoas): "Esse é o nosso primeiro grande show! Nunca nos apresentamos para tanta gente, nós viemos de uma cidadezinha do interior do Pernambuco..." - será que ele imaginava o que estaria por vir nos próximos anos???
Pois ainda demorou um pouco para os caras aparecerem no cenário nacional.
Eu não estava angustiado, tinha certeza que aquela maravilha cruzaria os caminhos sonoros da minha vida mais vezes.
Eles eram (são) bons demais...
E, lá pelos idos de 2002/2003, aconteceu!
O CORDEL DO FOGO ENCANTADO gravou o seu primeiro álbum e veio a Porto Alegre!!!
Estiveram por aqui, inclusive, por esses dias.
Eles sempre vêm.
Quem ainda não conhece, vai uma palhinha em emepetrês - clica aqui!. Mas aviso:
O SHOW É UMA EXPERIÊNCIA DE VIDA! Quem puder, não pode perder a oportunidade de ver os caras ao vivo!

"Sabiá no sertão,
Quando canta me comove,
Passa três meses cantando,
E sem cantar passa nove,
Porque tem obrigação
De só cantar quando chove!!!"

*a figura é um cordel tirado daqui

Meus aquários, o Rio dos Sinos e o fim ambiente

Tenho 5 aquários.
24 peixes.
Difícil de morrer algum.
Às vezes ficam vááááááários dias sem manutenção.
Não precisa!
O ambiente se ajusta.
Já me chamou a atenção o ipirangão, inclusive.
Passei pelas pontes e olhava para baixo.
Fora a raça de animais de baixo da ponte, de fora d'água (aqueles que os pefelistas odeiam), alguém já prestou atenção?!
Entre assentos de privadas, muito plástico e sofás, o riacho sobrevive.
Tem MUITA tartaruga tomando Sol na merda.
Algo assim como veranistas de Camburiú.
E não são governadoras do RS!
Já vi cardumes de peixes também...
O negócio é que não precisa muito.
A natureza dá um jeito.
A não ser que se dê um jeito na natureza.
Daí...

10/11/2006

"O estado mais politizado" (sic)

Botei entre aspas o título porque essa frase não é minha.
De jeito nenhum.
Faz tempo que acho isso uma besteira das maiores.
Assim como dizer que "aqui é diferente do Nordeste! Não tem aqueles coronéis que mandam em tudo".
Ah, é! Não tem...
Aqui tem general!
E o interessante é que a gauderiada tá se superando!
Primeiro foi o Risotto.
Pelamordedeus. Mas bota nada nisso.
Depois o Fogaça.
Nunca vi! Eleger um cara para administrar uma cidade que não conhece a cidade!!!
E lá se vão 2 anos dessa josta...
Agora é a Yeda Cruzes Credo!
Vou na mesma onda do prefeito: a mulher não conhece nada do Rio Grande do Sul!
A não ser os xópins, coberturas e salões da alta classe gaudéria.
Aqui embaixo dá para ver bem isso.
Olha só que patético! Saiu no Correio do Povo.
Olha o jeito que a muié tá "dando um golinho" no chimas!
Segurando a bomba que nem canudinho.
Qualquer guasca olha isso e tem vontade de jogar a senhora no açude!

E tem o lance do Jô, também.
A blogosfera tá em polvorosa.
Diz que a paulicéia desvairou na Globo.
Falou que aqui tem cacete e cacetão nas padarias.
Nunca vi isso!!!
E tem a história da pantalha...
Juro que nem eu sabia o que era isso.
Aliás, sinceramente, nem vi a Y45 dizendo as bobagens para o gordo.
Não vejo o gordo.
Pra mim é como ler a Veja, a Zero Hora...
Não vale a pena.
Bom, sei que tem um lance sobre a pantalha que gerou comoção.
Confesso que eu não sabia o que era pantalha, mas tinha certeza de que não era vestimenta gaudéria.
Pois a muié se perdeu.
Olha essa charge do MOA aqui embaixo que surrupiei do colega Rafael que pegou da lista da Grafar (espero não ser processado)...

Bom, vamos ter uns 4 longos anos por aqui.
A julgar pela cara rosada do Berfran vendo a tia Yeda tomando mate (aliás, ele deve tomar chimas daquele jeito também... hein, Rica?!)
Teremos bonança de humor e instabilidade nas frentes frias do bom senso...

O FIM ambiente

Antes, era o INÍCIO ambiente.
Cheio de verde, cheio de vida. Um monte de escama de lagarto e gosma de peixe.
Daí, surgiram as penas, o leite.
Depois, os pêlos.
A Gilette comprou os direitos da evolução e os macacos ficaram todos pelados.
Que nem bundinha de nenê.
Daí, virou MEIO ambiente.
Hoje, com transgênicoconcretogásvenenoerosãocimentoasfaltodeterentecocô
produtoquímicocurtumefumaçaefeitoestufabombaatômicabushpai
efilhodinheirolucroexclusãodesmatamentomoto-serravapaputaqueopariu e muito mais, virou o FIM ambiente.
Pelo menos morreremos todos bronzeadinhos, com uma corzinha de dar inveja à Cristina Ranzollin...

Leia ESTE post no Gaia Guria (vulgo Blog da Fabi).

09/11/2006

Falência da Academia

Morreu a universidade brasileira.
Assim não tem jeito.
Péssimos professores.
Piores alunos.
Não há como evoluir.

07/11/2006

Êxtase Urbano



Sinopse: Na cidade grande não se enxergam mais paisagens, mas riscos pretos.

Produzido por: Catarse e Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Ano: 2005

06/11/2006

Um domingo daqueles...

Pros urubus de plantão que acham que vou escrever sobre o Grenal, um recado:

MEU GRÊMIO!
TE AMO NA BOA E NA RUIM!!!

Mas vou falar do domingo, sim.
Passei a tarde inteira em um hospital. A minha gripe complicou e tive que parar na emergência do Ernesto Dornelles. Fiz vários exames para ver se não estava com pneumonia, mas no final ficou tudo bem.

Bom, nas mais de 4 horas que fiquei por lá, observei o que muitos chamam de "falência do sistema de saúde" - não era bem público, porque não era SUS, mas utilizei convênio do estado, o IPE. Percebi algo que muitos ou não conseguem enxergar, ou simplesmente escondem a realidade. A culpa dessa falência nem é tanto de governo, administração de hospitais ou da própria saúde pública. A culpa é dos médicos.

Nesse domingo, bati um papo com a pessoa que me atendeu. Realmente a coisa estava movimentada, mas não tanto para uma espera de mais de 4 horas... Essa médica atendia a todos e me esclareceu o seguinte: naquele horário, era para ter 3 médicos atendendo. No caso, havia apenas 2 - ela e outra. Esta outra era uma legítima "marcha lenta". Parecia muito mais que a coitada estava precisando de atendimento psiquiátrico do que qualquer coisa... Presenciei enfermeiros enlouquecidos perguntando onde estava a tal médica. Ao que responderam: "foi tomar um café". Eu vi isso. Vi ela saindo. Sabe quando voltou? 45 minutos depois. E as pessoas gemendo, com dor, esperando... E os enfermeiros correndo, procurando, tentando... E a única médica que fazia alguma coisa se escabelando, resolvendo, se estressando...

Acho interessante isso. É nítido que o problema é dessa categoria intocável. A sociedade cria uma áura divina em torno destes seres de branco que a impede de criticá-los com mais veemência. É incrível como pessoas mais humildes proferem a palavra "doutor" como se estivessem falando com um alguém superior, como se passassem a aceitar a partir daquele encontro a sua condição de inferioridade...

E enquanto isso a gente vê um SIMERS e um CREMERS (o sindicato e o conselho) na sua verborragia criticando governos e pressionando enfermeiras.

Carrego em uma das mãos o resultado da incompetência de um desses "doutores". Carrego em minha família, também, uma história de 2 dezenas de anos de erros médicos, que culminaram com a amputação de uma perna... Sem falar das histórias de esquecimento de materiais dentro das pessoas em cirurgias, ou as falsas receitas que muitos clínicos passam para desembocar remédios novos e/ou desemcalhar prateleiras de farmácias.

Ser médico não é garantia de caráter. Não é garantia de se ser alguém justo. Ser médico não significa ser alguém superior, ser Deus. Significa meramente que se presta serviço para a sociedade na área da medicina.

E ponto!

03/11/2006

Documentário


Estréia no próximo dia 7 de novembro (terça-feira), às 19 horas, na sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (Porto Alegre), a reportagem cinematográfica Kuaray do Sul (58 min / português / 2006).

Esta obra integra o Projeto Sepé Tiaraju – 250 anos, uma iniciativa de valorização da cultura milenar guarani e de mobilização popular pelo respeito aos povos indígenas. Com organização da Fundep – Região Celeiro e patrocínio do Ministério da Cultura e da Petrobras. A realização do filme é da Cooperativa Catarse – Coletivo de Comunicação. Contou com apoio da Via Campesina e do Centro Indigenista Missionário (CIMI).

A exibição será única e com ENTRADA GRATUITA, seguida de debate com a presença de representantes indígenas e dos movimentos sociais.

Kuaray do Sul está na seleção oficial da 11ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico, que ocorrerá no Rio de Janeiro na segunda semana de novembro.

Sinopse
Um filme em busca do mito guarani Sepé Tiaraju junto aos movimentos populares. De como sua luz se manifesta na atualidade: no espírito, no coração e nas ações de pessoas simples.

250 anos depois, a luta por terra e dignidade ainda é a mesma: a realização da Assembléia Continental dos Povos Indígenas, em fevereiro de 2006, na cidade gaúcha de São Gabriel, antigo povoado de Batovi, nas Missões jesuíticas, que conseguiu reunir mais de 10 mil pessoas, entre índios guaranis (do Brasil, Paraguay e Argentina) e kaingangs, agricultores sem-terra, trabalhadores do campo e da cidade, comunidades quilombolas, a juventude de movimento. Lutadores. No mesmo local onde, em 1756, Sepé e seu povo morreram enfrentando a tirania do desenvolvimento cego do homem branco colonizador. O selvagem português. O selvagem espanhol.

Kuaray do Sul conta história de uma liderança verdadeira, que representa o sentimento de força do índio em seu modo de estar vivo até hoje. Apesar do massacre que se abateu sobre o povo guarani. Apesar dos 250 anos de uma tristeza que não se apaga. Porque nasce a cada dia para manter a resistência dos que têm o destino e o direito de serem indígenas.

Batalha por terra e liberdade. São as falas deste filme.



Ficha Técnica:
(Direção coletiva)
Fotografia: André de Oliveira / Entrevistas: Jefferson Pinheiro / Som Direto: Rafael Corrêa
Edição: Jefferson Pinheiro e André de Oliveira / Montagem: Julia Aguiar

Contatos:
André de Oliveira - 51-9665.9295
Jefferson Pinheiro - 51-9835.9760
Catarse - Coletivo de Comunicação - 51-3012.5509